O forte aumento do esforço de pesca que aconteceu no Mar dos Açores, nos últimos anos, por um lado fruto da reconversão da frota artesanal e por outro com a vinda para Região de embarcações de grande porte, devidamente licenciadas pelo Governo, contribuíram para a quase exaustão dos stocks de algumas das espécies piscícolas outrora abundantes, como seja o Goraz, Boca Negra, Imperador, Alfonzin, Cherne, Pargo.
Tais espécies encontram-se, noutras paragens, praticamente dizimadas e se actualmente os preços que lá fora se paga são bastante altos, deve-se ao facto de a procura ser superior à oferta. A quase inexistência de plataformas nos Açores faz com que a maioria destas valiosas espécies que pescamos não encontrem as condições necessárias para o seu desenvolvimento. No caso específico do Goraz, nos meses de Janeiro a Maio procuram água baixa para desova, normalmente junto à costa ou nos locais mais baixos dos bancos submarinos, afastando-se posteriormente para águas mais profundas, no máximo até os 550 metros. Com as novas técnicas de pesca, bem como com os equipamentos de ajuda à navegação e de detecção agora existentes esta espécie é pescada durante todo o ano, em todo seu ciclo de vida sem a menor protecção.
Com a introdução na Região de quotas de pesca para o Goraz, Alfonzin e Imperador procurou-se inverter a situação de sobre exploração em que se encontravam (e encontram) estas espécies. À Região foram atribuídas anualmente, pela União Européia, 1.116 toneladas de Goraz, que por seu lado o Governo e as organizações do Sector dividiram por Ilhas e embarcações.
Esperava-se, assim, no mínimo, que os stocks destes preciosos recursos ficassem salvaguardados, de modo a permitirem a sua conveniente e sustentável exploração. Tal não tem vindo a acontecer!
De referir ainda, porque se trata da maior relevância, a interdição a todo o tipo de pesca no Banco Condor, sendo que os dados científicos já divulgados apontam para uma possível recuperação a médio longo prazo das espécies que no passado ali eram abundantes, não se sabendo exactamente por mais quantos anos o Banco Condor continuará encerrado à actividade da pesca. Esperamos que a experiência do Condor se implemente noutras localidades do Arquipélago, nomeadamente no Grupo Oriental.
O Goraz e espécies que vivem associadas, pescadas quase sempre com os mesmos aparelhos, cujo habitat é o nosso Mar, o Mar dos Açores, seja uma mais valia e uma importante riqueza para os nossos pescadores e que o Governo assuma, como lhe cabe, a defesa daquilo que é nosso. Como é possível impor quotas de pesca e outras medidas restritivas aos pequenos armadores da Região e ao mesmo tempo permitir que embarcações de grande porte, com companhas exteriores à Região, que nos levam o peixe e o dinheiro, continuem a delapidar um recurso que nos pertence?
Com a introdução na Região de quotas de pesca para o Goraz, Alfonzin e Imperador procurou-se inverter a situação de sobre exploração em que se encontravam (e encontram) estas espécies. À Região foram atribuídas anualmente, pela União Européia, 1.116 toneladas de Goraz, que por seu lado o Governo e as organizações do Sector dividiram por Ilhas e embarcações.
Esperava-se, assim, no mínimo, que os stocks destes preciosos recursos ficassem salvaguardados, de modo a permitirem a sua conveniente e sustentável exploração. Tal não tem vindo a acontecer!
De referir ainda, porque se trata da maior relevância, a interdição a todo o tipo de pesca no Banco Condor, sendo que os dados científicos já divulgados apontam para uma possível recuperação a médio longo prazo das espécies que no passado ali eram abundantes, não se sabendo exactamente por mais quantos anos o Banco Condor continuará encerrado à actividade da pesca. Esperamos que a experiência do Condor se implemente noutras localidades do Arquipélago, nomeadamente no Grupo Oriental.
O Goraz e espécies que vivem associadas, pescadas quase sempre com os mesmos aparelhos, cujo habitat é o nosso Mar, o Mar dos Açores, seja uma mais valia e uma importante riqueza para os nossos pescadores e que o Governo assuma, como lhe cabe, a defesa daquilo que é nosso. Como é possível impor quotas de pesca e outras medidas restritivas aos pequenos armadores da Região e ao mesmo tempo permitir que embarcações de grande porte, com companhas exteriores à Região, que nos levam o peixe e o dinheiro, continuem a delapidar um recurso que nos pertence?
Genuino Madruga