O recente Fórum sobre o combate às toxicodependências e o trabalho que há largos meses se está a fazer para encontrar soluções correctas de acolhimento para os filhos das trabalhadoras da Fábrica da Copefa, são exemplos do que atrás se disse. As intervenções no Estabelecimento Prisional e a procura de meios para resolução de alguns casos de realojamento de urgência são outras questões que tem sido activamente tratadas. É necessário ter consciência que, no plano social, a reconstrução não resolveu diversos graves problemas habitacionais. O empenho do Município de, em cooperação com outros parceiros, encontrar soluções para estes casos é absolutamente fundamental e está a ser prosseguido com grande entusiasmo.
2. A Escola Secundária Manuel de Arriaga comemorou recentemente o seu Aniversário, tendo desenvolvido para esse efeito um conjunto de actividades que envolveram a Escola e a Comunidade. As comemorações realizadas foram úteis, pois ajudaram a perceber a dimensão do trabalho que é feito. Quem assistiu à Sessão Solene percebeu que a ES Manuel de Arriaga é um organismo vivo, dotado de profissionais empenhados e de alunos activos, capazes de dar corpo a projectos nos mais diversos domínios e que podem ir da Ciência ao Cinema, do Desporto, à Música, do Jornalismo à organização de Encontros abertos à sociedade. A diversidade de actividades e o sucesso com que são feitas mostra, claramente, que há empenho e participação e que o envolvimento por isso motivado transforma a Escola num organismo bem vivo. Registar este facto é importante e felicitar a Escola por isso também é importante e por isso o faço. Mas mais importante do que tudo é apelar para a necessidade da Escola não só não abandonar essa prática como procurar mesmo o seu aprofundamento tanto quanto possível.
3. Estamos a iniciar um período de tempo no espaço de cada Ano em que as Festas do Espírito Santo se tornam cimeiras na nossa vida social. Sem qualquer intuito de especulação religiosa quero registar o grande valor e significado social, cultural e espiritual que essas Festas têm. Reconhecer e agradecer Graças partilhando alimentos e bens com as respectivas comunidades é a tradição que nos chega do fundo dos séculos. Essa tradição não só mostra que a solidariedade humana é um sentimento muito forte e existente desde sempre, mas mostra também que se pode expressar de forma perene e duradoura, independentemente dos enquadramentos de cada época histórica. Saber cruzar a História trazendo de forma contínua para o Presente esta Festividade, apesar de tudo quanto foi feito para que não fosse assim, é um importante feito caracterizador das populações das ilhas dos Açores. A Câmara Municipal da Horta e outras instituições faialenses apoiaram este ano a Casa dos Açores do Algarve na organização, em Faro, das Festas do Espírito Santo. Este tipo de cooperação não só contribuiu para estreitar todos os laços que temos com os açorianos residentes fora da Região, como contribui para mostrar aspectos essenciais da nossa cultura em outros espaços. Por isso é uma prática a apoiar e a manter sempre que possível.
José Decq Mota