Coligação autárquica da direita na Horta

jos_decq_mota_webO PSD/Faial decidiu avançar para as próximas autárquicas em coligação com o CDS/PP e com o PPM. Antes porém anunciou como cabeça de lista à Câmara o Eng.º Luís Garcia, deputado regional, homem “da casa” e vereador que sempre se notabilizou por desenvolver um trabalho profundamente destrutivo. No dia que anunciou que iria haver essa coligação que não gera soma de votos com significado, o Eng.º Garcia apressou-se a dizer que o cabeça de lista à Assembleia Municipal seria um independente, que é como quem diz “não é nem do CDS nem do PPM”!

O PSD tem este ano muita dificuldade em fazer listas que incluam cidadãos que não sejam do “aparelho partidário”, pois poucos serão os que se querem ver identificados com a política de destruição do País que o PSD está a liderar. Constatada essa dificuldade, muitas Comissões Políticas optaram por “juntar as fraquezas”, coligando-se com o parceiro da coligação governamental e com outros, como o PPM, que não têm votos. Pretendem assim criar a imagem de “inovação”, o que, obviamente, não pega, nem convence.

A candidatura do PS na Horta é uma candidatura de continuidade dos piores períodos do PS na Câmara da Horta. As candidaturas da CDU e de outras formações não são ainda conhecidas, mas espero que tenham a possibilidade de contribuir para uma descida eleitoral significativa dessa “tríade” PSD/CDS/PPM e de serem decisivas na criação das condições que evitem as maiorias absolutas na Câmara e na Assembleia.

Noutros concelhos, como é o caso de Angra, o PSD “corre o risco” do 1º candidato à Assembleia Municipal pela coligação, que é o líder regional do CDS, ter mais votos do que aqueles que irá recolher o candidato do PSD para a Câmara.

As coligações autárquicas entre os que estão a fazer uma profunda traição ao País são uma má solução de recurso que deve ser derrotada.

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 18 de junho de 2013