“Donde nos vem a nós, comunistas portugueses, esta alegria de viver e de lutar? O que nos leva a considerar a atividade partidária como um aspeto central da nossa vida? O que nos leva a consagrar tempo, energias, faculdades, atenção, à atividade do Partido? O que nos leva a defrontar, por motivo das nossas ideias e da nossa luta, todas as dificuldades e perigos, a arrostar perseguições, e, se as condições o impõem, a suportar torturas e condenações e a dar a vida se necessário? A alegria de viver e de lutar vem-nos da profunda convicção de que é justa, empolgante e invencível a causa por que lutamos.”
Álvaro Cunhal, O partido com paredes de Vidro, 1985
O PCP surge como o partido que, desde sempre, esteve ao lado das pessoas, procurando assegurar o princípio da liberdade e da fraternidade. O seu desejo de erradicar a fome, a miséria e o desemprego; o seu anseio para que todos tenham igualdade de oportunidades; a sua determinação para que todos tenham acesso ao ensino, ao desporto e à cultura de excelência; a sua resolução para que as crianças sejam felizes e os mais velhos tenham tranquilidade; o seu desiderato para que todos tenham saúde são os anseios de todos aqueles que militam no Partido Comunista Português. Mas não somos os únicos. Encontramos outros com os mesmos anseios e animo: O Partido Ecologista os Verdes e muitos Independentes (pessoas não filiadas em partidos) comungam dos nossos ideias e dos nossos princípios e, assim, nasce a CDU.
A CDU é uma força partidária diferente, onde não existem promessas e todos os compromissos assumidos são para respeitar. Nós garantimos, unicamente, a defesa dos interesses das populações. Somos uma força plural e dialogante, senão não teríamos a Coligação Democrática Unitária (PCP + PEV + Independentes), a mais antiga do país, onde conjugamos os interesses em defesa de um mundo melhor, mais equilibrado e sustentável.
Defendemos a pluralidade e não é por acaso que fomos e somos sempre os primeiros, na linha da frente, na luta pela democracia, liberdade e equidade. Somos os primeiros a defender os interesse de todos, independentemente da sua origem, porque consideramos que todos são importantes e todos têm um contributo válido na sociedade. Defendemos um país plural e democrático, onde todos têm o seu papel, nos diferentes sectores da sociedade.
A CDU oferece o que tem de melhor: o TRABALHO, a HONESTIDADE, a PRESENÇA. Seremos os primeiros a assumir as nossas responsabilidades e a defender todos os interesses das pessoas; seremos os últimos entre os primeiros, sendo os primeiros TODOS os cidadãos para os quais trabalhamos, sem exceção. Nós não ocuparemos lugares de poder; estaremos sempre a prestar um serviço às pessoas; nós não nos servimos dos lugares, nós servimos, trabalhamos nesses lugares, com todos e para todos.
Desta forma, o PCP e a CDU são fundamentais para continuar a luta contra a prepotência, o abuso e a exploração. Mas sozinhos não somos a chave para o sucesso. Cabe a cada indivíduo, através da sua intervenção cívica, a sua consciência e a sua capacidade de discernimento, determinar o curso da história; alterar o mundo, começando pela sua comunidade, pela sua freguesia, pelo seu concelho, pela sua ilha, pelo seu país. Todos juntos, tendo os mesmos objetivos e ideais, seremos capazes de fazer algo de bom para as pessoas, em última análise, para o mundo.
Consideramos que, conjuntamente, com os outros 9 elementos da nossa lista, pessoas representativas de todas as ilhas do Arquipélago, de diversos quadrantes profissionais, de idades ecléticas, com um espírito jovem e renovado, faremos um trabalho consciente, honesto, competente e verdadeiro, pensando única e exclusivamente em quem representamos: as pessoas e o país, defendendo e pugnando pelo melhor para todos, em todos os pontos do país, a começar pela nossa Região Autónoma.
Não. Não somos iguais.
Não. Não agimos todos da mesma forma.
Não. Não acreditamos todos na mesma coisa. A CDU acredita que pode continuar a fazer a diferença, como sempre fez e a história política recente prova-o: 2015, 2019 e 2021:
1- O País precisou e precisa de outras opções e de encetar um caminho alternativo de desenvolvimento económico e social. Foi esse o sentido da intervenção do PCP no processo de discussão do Orçamento do Estado para 2022. Passado o período mais agudo da epidemia, e quando se anunciam vultuosos recursos financeiros, não é aceitável adiar a resposta aos problemas que o País enfrenta. Foi essa a opção que o PCP assumiu e é esse o nosso papel: vigiar, denunciar abusos e injustiças, e apresentar propostas concretas. Foi o que aconteceu, nos últimos 6 anos de governação que, ao contrário do que se diz, foram um dos ciclos políticos mais duradouros, com melhorias substanciais em benefício de todos, desde pensionistas aos trabalhadores, com um papel muito efetivo do PCP e do PEV.
2- Como costumamos dizer: NÃO PROMETEMOS o que não podemos cumprir, mas exigimos tudo o que é possível. O nosso compromisso está assente na promoção do desenvolvimento económico sustentado; o aumento geral dos salários como emergência nacional incluindo o aumento do Salário Mínimo; assegurar a revogação das normas gravosas da legislação laboral incluindo a caducidade da contratação coletiva; combater a precariedade; dignificar carreiras e profissões; valorizar o trabalho e os trabalhadores; assegurar os direitos da juventude, os direitos da 3ª idade (que tanto contribuíram para este país), os direitos das mulheres; os direitos de todos os vulneráveis da nossa sociedade, especialmente todos aqueles que são portadores de deficiências, défices cognitivos, económicos e sociais, valorizando reformas e criando meios para que todos tenham um papel dignificante no nosso país. Temos que combater a pobreza entre os mais idosos, mas também junto dos mais jovens. A pobreza infantil é inadmissível, num estado verdadeiramente democrático.
3- Defenderemos sempre o reforço no Serviço Nacional de Saúde, enquanto garantia do direito do povo português à saúde, fixando e atraindo profissionais, valorizando carreiras e remunerações; garantindo mais consultas, exames, cirurgias, médico e enfermeiro de família para todos. Combateremos o favorecimento do negócio dos grupos privados com a saúde.
4- Protegeremos e valorizaremos a Segurança Social, a Educação, a Ciência, a Cultura, o Desporto; reforçaremos os serviços públicos para responder às necessidades das populações e à coesão territorial. Essas são as áreas de maior carência, esquecidas por governos sucessivos, que implementaram políticas de direita que coartaram o verdadeiro desenvolvimento do país. Enquanto os governos virem a Educação, a Cultura o Desporto ou a Segurança Social como gastos e não como investimentos num estado mais forte, não conseguiremos alavancar a sociedade portuguesa para o patamar de equilíbrio que defendemos.
5- Garantiremos o direito à habitação digna, com o aumento de habitação pública, estabilidade e regulação dos preços de arrendamento, opondo-nos à especulação. Defendemos a progressiva gratuitidade e o reforço do transporte público, assegurando o direito das populações à mobilidade. Aqui, uma palavra muito importante no que diz respeito às Regiões Autónomas e às suas idiossincrasias. O preço da insularidade é uma realidade crescente, especialmente nos tempos que correm, em que a situação pandémica agravou e colocou a nú todas as fragilidades sociais e económicas da nossa região.
6- Acreditamos, veementemente, no direito a um ambiente saudável e ao equilíbrio ecológico, com o combate à mercantilização da natureza e a prevenção e mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Esta matéria toca-nos particularmente, dado que vivemos numa região em que estas questões são prementes e agudizaram-se, ao longo dos anos, com poucas ou más políticas de proteção. Cabe-nos a nós, CDU, defender todos os tesouros naturais do país.
7- Asseguraremos uma justiça fiscal impoluta, dotando o País dos meios que precisa, com o desagravamento da tributação sobre os rendimentos do trabalho, em particular os mais baixos e intermédios; enfrentaremos os privilégios fiscais do grande capital, garantindo a sua efetiva e justa tributação. Estaremos atentos a toda e qualquer ato de corrupção ou desvio do erário.
8- Dinamizaremos a atividade económica, valorizando a produção nacional, recuperando o controlo público sobre os sectores estratégicos e apoiando as micro, pequenas e médias empresas.
9- Defenderemos, sempre, uma justiça independente e acessível a todos; o combate à corrupção é um imperativo que, para nós, NÃO É UMA MODA DE AGORA, MAS O NOSSO EMPENHO DE SEMPRE. Queremos uma política de segurança que certifique os direitos dos cidadãos e a tranquilidade pública, e é nossa ambição a valorização do papel das Forças Armadas no quadro da Constituição da República, não esquecendo o seu papel fundamental na construção de um Portugal democrático.
Não. Não somos como os outros.
Não. Não são todos iguais.
Não. Não vamos por interesses pessoais ou ambições obscuras e incertas. Não. Não somos populistas.
Temos uma história de 100 anos que fala por nós. Temos um papel fundamental na luta pela democracia, pela liberdade, pelo direito a uma vida digna; fizemos parte da construção de um país democrático. Acreditamos e juramos defender a nossa Constituição, ao contrário de muitos outros… defenderemos todos os que votarem em nós e todos os que não votarem em nós: eis uma das diferenças: nós representamos todos sem exceção. Somos uma força plural que acredita no conjunto, no grupo, no coletivo; acreditamos que devemos defender todos os interesses de Portugal, por isso seremos, como sempre fomos
UMA VOZ DE ALERTA
UMA VOZ DE DENÚNCIA
UMA VOZ DE PROTESTO
UMA VOZ DE LIBERDADE
UMA VOZ DE DEMOCRACIA
UMA VOZ DE CERTEZA
UMA VOZ DE CONFIANÇA
UMA VOZ DE INTERVENÇÃO
NÃO. NÃO SOMOS TODOS IGUAIS. NUNCA FOMOS!
Cada voto na CDU é um voto na força que mais decididamente combate as forças reacionárias, pela história e pelo presente; que contribuirá para impedir o regresso ao governo do PSD, do CDS, com os seus sucedâneos; que contribuirá para dificultar alianças entre o PS e o PSD. Cada açoriano, cada madeirense, cada português contará com uma voz em sua defesa, independentemente da origem dos eleitos pela CDU. Nós representamos e defendemos todos e cada um português. A CDU será sempre uma voz que dá confiança para prosseguir o caminho e abrir novos horizontes de defesa e conquista de direitos inscritos na Constituição da República Portuguesa. Este é o nosso desiderato, que no dia 30 de janeiro gostaríamos de concretizar, apelando, por isso, ao voto de todos quantos não se resignam e pretendem participar na construção de um país melhor, democrático, soberano e forte; defenderemos e reforçaremos SEMPRE a autonomia das regiões autónomas. Os Açores, a Madeira e Portugal podem contar com a CDU para um PAÍS COM HORIZONTES, PARA UM PAÍS COM FUTURO!