CDU AçoresCDU Açores

  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU
  1. Entrada
  2. Opinião
  3. As duas gripes
11 julho 2009

As duas gripes

  • Imprimir
  • Email
Twitter

Mário AbrantesDa honrosa passagem pelos Açores, em busca de raízes de 3ª geração, ficou-nos apenas isso: a honra do Nobel de Medicina ter sido recebido, conjuntamente por um governante que durante todos os seus mandatos sempre se fez acompanhar pela gripe comum, Carlos César, e por um ex-governante, Mota Amaral, desta feita herdeiro da antiga “gripe espanhola”, agora reaparecida numa versão moderada A(H1N1), e a pretender re-alastrar dentro do habitual quadro de convivência estabelecida e tolerante, que sempre soubemos manter com as maleitas da época.

 

Curioso foi apercebermo-nos, mesmo estando à partida pouco atentos, da visita propriamente dita de Craig de Mello e das honrarias que a rodearam, mas, paradoxalmente e face ao interesse estimulante provocado pelos ininterruptos alarmes da comunicação social sobre os perigos da A(H1N1), termos ficado por nos aperceber devidamente da opinião desse homem (julgo que qualificada) sobre o carácter desta nova versão da “gripe espanhola”.

Pondo um pouco de água na fervura dos nossos conselheiros mediáticos de circunstância, disse ele, em termos de consequências para os infectados, que a versão A(H1N1) tem grandes semelhanças sintomáticas e de tratamento com a gripe comum, sendo tão mortífera quanto esta! Nem mais nem menos…Ah! Um pormenor: enquanto isso, a Ministra da Saúde anunciava que já tinha encomendado vacinas contra a A(H1N1) para 30 % da população portuguesa. Está percebido porque já ninguém conseguiu ouvir a sensaborona opinião de Craig de Mello…

E eis pois a inevitável extensão do problema, também a Ponta Delgada. Por um lado uma estirpe reaparecida e aparentemente imparável que se propõe re-infectar em Outubro o Concelho, mas que, por pretender alastrar de seguida para toda a Região, já se sabe, amputará por sua própria iniciativa uma parte do mandato pelo qual, entretanto, se responsabilizou perante os seus eleitores. E, por outro, um paciente comum cujo advogado, caracterizando-o em tribunal, invocou como argumento o facto desse seu paciente ter sofrido danos irreparáveis, com mazelas físicas e psicológicas, e chegado ao seu fim político, por causa de uma noticia publicada num jornal. Duas maleitas que, ora uma ora outra, por mais que se pretenda diferenciá-las entre si, nos estão consumindo com os mesmos sintomas e os mesmos tratamentos há várias décadas, nas várias versões com que se nos apresentam.

E por isso, além da desmesurada percentagem de população inactiva, temos mais de metade da população activa com a doença da escolaridade até ao sexto ano; temos hospitais empresariais nados-mortos com prejuízos de 83 milhões; novos barcos e novas estações de tratamento, deficientes; próteses de betão e loteamentos desfigurados a invadirem o esqueleto urbano; faixas de alcatrão a mumificarem toda uma ilha.

Não é fácil erradicar as gripes, mas é possível combatê-las e diminuir-lhes os efeitos, com preserverança e sem alarmismos, sobretudo quando já as conhecemos…ou à medida que as vamos conhecendo. Mas, salvo raras excepções devidamente sustentadas, nunca o tratamento de uma se fará pela disseminação da outra.

E se a A(H1 N1) aparece hoje a pretender sobrepor-se à gripe comum, e amanhã vice-versa, ouçamos a sensaborona, mas oportuna e abalizada, opinião de Craig de Mello e tratemos as duas como maleitas que possuem entre si mais semelhanças que diferenças, sendo importante sobretudo reduzir-lhes a incidência, quer se trate de uma ou da outra…

 

Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado no Diário dos Açores, no dia 9 de Julho de 2009

 

  • Anterior
  • Seguinte

Mais recentes

PCP Açores acusa Governo de abandono dos Açorianos e exige fim da política de desastre social 15 abril 2025
Apresentação da lista da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores às Eleições Legislativas 2025 04 abril 2025
Apresentação do primeiro candidato da CDU pelo Círculo dos Açores às Eleições Legislativas de 18 maio de 2025 30 março 2025
PCP/Açores defende medidas urgentes para combater injustiças e impulsionar o desenvolvimento da Graciosa 10 março 2025
CDU denuncia abandono da ilha das Flores e exige soluções 05 março 2025

Siga-nos no Facebook

Siga-nos no Facebook

Jornal «Avante!»

Jornal Avante! Órgão Central do PCP (todas as quintas-feiras nas bancas)

Boletim Informativo do PEV

Boletim Informativo Quinzenal do PEV
  • Entrada
  • Temas
    • Parlamento Regional
    • Assembleia da República
    • Parlamento Europeu
    • PCP
    • PEV
    • Economia
    • Trabalhadores
    • Serviços Públicos
    • Saúde
    • Educação e Cultura
    • Transportes e Turismo
    • Justiça
    • Acção Social
    • Ambiente e Mar
    • Outros temas
  • Ilhas
    • Santa Maria
    • São Miguel
    • Terceira
    • Graciosa
    • São Jorge
    • Pico
    • Faial
    • Flores
    • Corvo
  • Opinião
  • Contactar
    • Sedes da CDU