NOTA DE IMPRENSA
Tal como a Direção Regional dos Açores do PCP tem vindo a afirmar, as últimas estatísticas oficiais comprovam que crescem as desigualdades entre ricos e pobres, nos Açores num contexto em que as taxas de risco de pobreza na nossa Região são as maiores do País. A resposta necessária é, sem dúvida, a melhoria das condições de vida do povo açoriano através do aumento dos salários, do aumento do poder de compra das populações, do acesso universal aos equipamentos sociais, à educação, à saúde, à habitação.
O rácio, que compara o rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com maiores recursos, com o rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com menores recursos, foi de 5,2% média nacional e de 7,3% nos Açores, o valor mais elevado do País.
Na Região a taxa de privação material severa (população que vive com mais dificuldades), foi a mais elevada, sendo mesmo mais do dobro da média nacional, a média regional foi de 13,1%, a média nacional foi de 5,6%.
Açores registaram em 2018 a maior taxa de risco de pobreza do País, com 31,8%, um valor que é quase o dobro da média nacional de 17,2%.
O PCP/Açores reafirma, a importância fundamental do aumento dos salários para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias para o crescimento económico do País e em particular dos Açores. Neste sentido, não podemos ignorar a importância fundamental do aumento dos salários, nomeadamente salário mínimo no combate à pobreza, designadamente a pobreza laboral.
O aumento dos salários em geral, é um investimento que beneficia a economia do País e da Região, a melhoria dos rendimentos dos trabalhadores e das famílias estimula o consumo, o que contribui para o aumento da produção e das vendas das empresas, a criação de mais emprego e o crescimento da economia.
O PCP continuará a Lutar por aumentar o rendimento disponível das famílias, por aliviar os sacrifícios sobre os trabalhadores, por aumentar o poder de compra dos açorianos. Reivindicará sempre que as micro, pequenas e médias empresas voltem a crescer e a contratar mais trabalhadores, assegurando os justos direitos laborais.
Reafirmamos a necessidade, o compromisso e a prioridade de intervir política e institucionalmente sobre as questões do trabalho com direitos, do combate à precariedade laboral, do combate à pobreza e à exclusão social, da valorização salarial, dos rendimentos das famílias, dos complementos regionais da coesão, de justiça e desagravamento fiscal, de dinamização do mercado interno, da fiscalidade e dos serviços públicos de qualidade.
É necessário fazer mais e continuar a reivindicar as propostas que foram rejeitadas que vão ao encontro dos interesses dos açorianos e de um crescimento harmonioso das nove parcelas da região. Para tal continuaremos a apresentar as seguintes medidas:
· O aumento do acréscimo regional ao Salário Mínimo Nacional de 5% para 7,5%;
· O aumento do Complemento Regional de Pensões;
· A redução da taxa mais alta do IVA;
· A defesa da manutenção no setor público de empresas como a SATA e da Santa Catarina (entre outras).
Açores, 9 de julho de 2020
O Secretariado da DORAA