Uma delegação do PCP-Terceira participou ontem na manifestação dos trabalhadores da Cooperativa Praia Cultural que foram vítimas do processo de despedimento coletivo promovido pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, administrada pelo PSD. Depois de levar por diante um processo de rescisão por mútuo acordo aceite por 36 trabalhadores, a Câmara procedeu ao despedimento e à extinção dos postos de trabalho de mais 37 trabalhadores.
Desde o início deste processo o PCP manifestou-se contra os despedimentos e a extinção dos postos de trabalho, considerando que existiam outras soluções que tutelariam tanto os interesses da autarquia quanto os dos trabalhadores, mediante uma adequada reestruturação dos serviços.
Está de resto provado que as funções desempenhadas ao longo de vários anos pelos trabalhadores despedidos são necessárias para garantir a qualidade dos serviços que o município presta aos seus cidadãos.
Os contornos de todo este processo levam-nos a crer que a decisão não se deveu à falta de dinheiro para o pagamento dos salários. Estes despedimentos serviram antes para o acerto de algumas contas de carácter financeiro e político. No quadro de crise económica e social que se vive no concelho da Praia da Vitória, a Presidente da Câmara, promovendo o despedimento dos seus funcionários, mais não fez do que contribuir para o aumento do número de famílias que se encontram em graves dificuldades económicas.
Contudo, não nos surpreende a forma como a presidência da Camara Municipal do PDS geriu este processo. Os partidos da direita, quando estão no poder, seja no governo ou nas autarquias, encontram sempre a mesma fórmula para resolver os problemas, recorrendo a despedimentos e privatizações e provocando mais desigualdades entre os trabalhadores e as populações. As políticas de direita sempre foram responsáveis por graves retrocessos no desenvolvimento económico do país, das regiões e das autarquias.
8 de setembro de 2023
A Comissão de Ilha do PCP/Terceira