No quadro de uma crise profunda que ameaça os alicerces do Estado de Direito e da própria democracia, o PCP saúda de forma calorosa todos os trabalhadores que têm sofrido de forma particularmente dolorosa as investidas do poder financeiro e dos interesses do patronato que brutalmente se apoderaram do sector público. Participar na greve de dia 24 é mostrar que, apesar das habilidades do núcleo político-financeiro dominante e da desinformação veiculada por alguns meios de comunicação social, o povo não se acomodou, não se estupidificou, nem se alienou relativamente á realidade social e económica que hoje se vive no país e na região.
Ao contrário do que os gurus deste ultra-liberalismo renovado sustentam, e apesar das transformações sociais hodiernas, a luta de classes hoje é mais evidente que nunca, traduzindo-se plenamente no enorme fosso entre ricos e pobres por um lado, e na flagrante submissão do valor do trabalho ao poder do capital por outro. Tanto no Continente, como na Madeira ou aqui nos Açores, já foi percebido que os efeitos desta grave crise atingirão a todos, e que relevando os já onerosos efeitos da insularidade, os açorianos a sentirão ainda com mais intensidade.
Na defesa do sector público, do direito ao trabalho e ao trabalho com direitos, da equidade social, e da responsabilização pelo declínio de Portugal do sector financeiro e dos políticos que cobardemente o sustentaram durante décadas, O PCP exorta todos os açorianos à participação na greve do dia 24 de Novembro.