A CDU surge, nestas eleições legislativas, com a mesma força, a mesma convicção e a mesma confiança com que sempre enfrentamos todas as lutas necessárias para assegurarmos um país livre, democrático e igualitário.
A nossa coligação, onde se conjugam as forças de diferentes formações partidárias (PCP + PEV) e muitos independentes, tem, única e exclusivamente, a função de garantir a defesa dos interesses das populações e das especificidades de cada território.
Os 10 elementos que compõem a lista de candidatos à Assembleia da República traduzem o a diversidade populacional dos três grupos arquipelágicos. 60% dos candidatos são do sexo feminino e 40% do sexo masculino. A média de idades ronda os 44 anos: O candidato mais jovem tem 28 anos e o mais velho 52 anos (aliamos, portanto, o saber da experiência à coragem e impetuosidade da juventude). Esta equipa representa, também, os diversos quadrantes profissionais e, destacamos, naturalmente, o seu empenho no resguardo da pluralidade, do diálogo e da democracia, nos diferentes sectores da sociedade.
A CDU Açores apresenta-se, nessas eleições, como a força que dá voz à Autonomia e combate o espírito centralista de alguns decisores políticos que nos últimos tempos parecem esquecer com frequência o que está consignado na Constituição portuguesa.
O custo da insularidade e as peculiaridades da nossa região traduzem-se em questões prementes que têm foco na República e que passam por decisões políticas nacionais. Entre muitas, destacamos, por exemplo, a problemática da mobilidade, numa região em que é necessária a deslocação entre ilhas ou das ilhas para o continente, por motivos profissionais, educacionais ou, até mesmo, por questões de saúde, tendo esta mobilidade um custo associado, muitas vezes excessivo. Será o modelo, neste momento aplicado nos Açores o que serve melhor os açorianos? Será que a modalidade de reembolso faz face aos problemas financeiros que quais muitos açorianos atravessam, especialmente numa situação agravada pela pandemia? Não haveria outras soluções mais em conta para as algibeiras da população dos Açores? Nós consideramos que existem outras formas, nomeadamente o simples pagamento pelo passageiro do montante estipulado.
Outra questão que consideramos emergente é a problemática da segurança. Em diversas localidades assiste-se ao aumento da criminalidade, do tráfico de substâncias ilícitas, criando uma sensação de insegurança, quer nos meios urbanos, quer nos meios rurais, especialmente junto das comunidades mais envelhecidas, mais fragilizadas da nossa sociedade. Uma das respostas para esta situação seria o reforço de homens e meios da PSP, permitindo um maior policiamento de proximidade. Esta decisão passa, como é evidente, pela Assembleia da República, e há que reforçar a voz dos Açores nesta instância. Até agora, ela tem ido definhando, quase deixou de se ouvir, sendo absorvida pela máquina partidária ou, mais grave ainda, pela força governativa centralista.
A CDU oferece o que sempre ofereceu e defendeu: o TRABALHO, a HONESTIDADE, a COMPETÊNCIA. A nossa voz será uma voz de alerta, de denúncia, de confiança e certeza. Defenderemos e pugnaremos pelo melhor para todos, em todos os pontos do país, a começar pela nossa Região Autónoma. Nós defenderemos e reforçaremos a Autonomia Regional, através da nossa intervenção e do nosso trabalho, na Casa da Democracia Portuguesa, na Casa da República Portuguesa.
Ponta Delgada, 17 de Dezembro de 2021
Gabinete de imprensa CDU Açores