O PCP Terceira reuniu na passada sexta-feira com a Direção do STAL, para analisar a situação dos 35 trabalhadores que foram despedidos da Cooperativa Praia Cultural pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, num processo de despedimento coletivo inaceitável e injusto, com contornos que não são compreensíveis nem transparentes.
Na avaliação efetuada pelo PCP e pelo sindicato, estes despedimentos, para além de revelarem falta de transparência no processo de seleção dos trabalhadores, não deveriam ter acontecido porque os funcionários são necessários para o exercício das suas funções, sejam elas prestadas nos postos de trabalho que ocupam ou em outros da responsabilidade da edilidade, resolvendo- se a questão com uma devida reestruturação dos serviços.
A presidência da CM da Praia da Vitória, ao não querer adotar outra medida que não seja o despedimento, está a agir de má-fé, lesando profundamente os direitos destes funcionários, privando-os do exercício das suas funções e do seus rendimentos laborais, e atingindo também as suas famílias. Com este comportamento a Presidente da CMPV, principal líder deste processo, está a pôr em causa o bom nome da edilidade e o normal funcionamento da prestação de serviços aos seus munícipes, não cumprindo o dever de zelar pelos interesses do município e dos seus cidadãos, num momento particularmente grave do ponto de vista socioeconómico, levando mais famílias para a pobreza e miséria num concelho onde os índices de desemprego e pobreza são alarmantes.
Neste sentido, é fundamental manter viva a esperança destes trabalhadores se manterem nos seus postos de trabalho, até que se encontrem soluções adequadas para evitar estes despedimentos, e com o apoio da estrutura sindical continuar a desenvolver a luta necessária para garantir o seu direito ao trabalho.
Assim, deve a Câmara Municipal emendar este erro, procedendo à integração dos trabalhadores nos serviços do município, e, se assim o entender, proceder a um processo de mobilidade, em coordenação com a administração pública regional, com o objetivo de garantir a continuidade dos trabalhadores nos serviços com maiores carências de pessoal.
A Comissão de Ilha do PCP/Terceira