No dia em que o Partido Comunista Português faz 103 anos, a 1ª candidata da CDU, pelo círculo dos Açores à Assembleia da República, Judite Barros, teve uma reunião com o diretor do Instituto de Investigação em Ciências do Mar – Okeanos – professor Gui Menezes, para se inteirar da situação dos investigadores e bolseiros afetos à Universidade dos Açores, e averiguar das necessidades no que diz respeito à exploração, ordenamento e gestão do mar dos Açores.
O Instituto de Investigação em Ciências do Mar, que sucede ao Centro de Investigação Okeanos da Universidade dos Açores, agrega a comunidade científica da UAc e do IMAR baseada na ilha do Faial, que tem desenvolvido investigação fundamental e aplicada nos últimos 40 anos, dando também apoio à decisão política. Em geral esta unidade tem como objetivo promover a investigação científica, aumentar o conhecimento dos ecossistemas marinhos num planeta afetado por alterações globais, impulsionar a economia azul sustentável, e promover a boa gestão dos ecossistemas marinhos, para benefício da sociedade e do ambiente.
O Okeanos pretende aumentar a sua influência no Atlântico, ao centrar a sua investigação no oceano, quer em profundidade, quer em águas abertas. São várias as questões ecológicas fundamentais que ainda estão por resolver. A investigação aqui realizada incide sobre ambientes particulares e espécies chaves, quer bentónicas, quer pelágicas.
Judite Barros encontrou um instituto dinâmico, com um trabalho profícuo de 3 décadas, reconhecido a nível internacional, capaz de dar um contributo extraordinário em diversas áreas como a Biodiversidade, a Economia Azul, as Alterações Globais e Governança. A candidata deparou-se com uma equipa de perto de 195 pessoas, entre membros integrais (perto de 50) e um conjunto de investigadores e bolseiros fundamentais, mas numa posição de precariedade laboral gritante.
A par da precariedade dos agentes de desenvolvimento deste instituto, a candidata deparou-se com o constrangimento de um financiamento ao qual visão e intenção de investimento para desenvolver as potencialidades imensas deste organismo e da própria exploração sustentável do Mar dos Açores. Há ambição, vontade e capacidade de fazer mais e melhor, cabendo essencialmente à República a responsabilidade do desenvolvimento da investigação na Região através da Universidade dos Açores. E cabe aos deputados eleitos por este círculo fazer pressão e relembrar que 10% da produção científica portuguesa é produzida nos Açores, através do Okeanos.
A CDU não faltará ao seu dever, estando, como está, sempre comprometida com o desenvolvimento da Região.