A propósito da crise internacional, o Governo da República tem esbanjado dinheiro no apoio aos grandes grupos económicos e financeiros, à Banca e aos vários setores económicos.
De fora das grandes benesses ficaram, mais uma vez, as empresas familiares, a criação de emprego próprio, os pequenos empresários, as empresas com trabalhadores que não ultrapassam a meia centena. Marca de enorme relevo e opção de classe, é o facto de a Região optar por ter como intermediário estratégico o sector bancário, relativamente a qualquer uma das linhas de apoio e dos escassos benefícios colocados ao dispor dos pequenos empresários. E isto tanto acontece com o Partido Socialista quanto com o PSD no governo.
Na verdade, esta crise tem-se revelado como mais uma tábua de salvação para a Banca que, aproveitando os benefícios e privilégios que o Governo da República continua a permitir, tem acumulado lucros e mais lucros, em tempo recorde.
Com governos do PS e o apoio da DIREITA, mais uma vez foram traídos os pequenos empresários, quando, após tantas promessas, se acabou por manter o Pagamento Especial por Conta, pese embora os compromissos assumidos com as empresas, para quem o Pagamento Especial por Conta representa mais um aperto perfeitamente dispensável.
Para o Orçamento de Estado de 2022, o PCP defende uma baixa do IRC das PME´s, compensado por um agravamento da taxa aplicada às empresas com mais de cinquenta milhões de lucros, o que permitiria uma maior arrecadação fiscal e beneficiaria as PME´s, que são quem melhor pode assegurar o emprego. É uma proposta da mais elementar justiça, negada pelo PS e pelos restantes Partidos à sua direita.
Pese embora todas as promessas fáceis, a realidade comprova que os Governos da Direita na Região, e do PS na República, continuam a preferir os apoios aos grandes grupos económicos e financeiros, em detrimento das pequenas e médias empresas, mesmo que estas empreguem mais de 90% da população ativa no país.
O papel das pequenas e médias empresas na dinamização do mercado interno e da economia local é incontornável.
São também muitas as dificuldades sentidas na concessão do crédito às empresas com dívidas à Segurança Social e às Finanças.
É necessário atribuir às pequenas e médias empresas obras de empreitadas a nível local, por forma a;
- Facilitar a aquisição de empresas em dificuldades
- Ajudá-las a manterem os seus trabalhadores
- Fazer com que deixem as mais valias nas suas regiões
É nas pequenas e médias empresas que a estabilidade dos trabalhadores ainda é uma realidade, ao contrário do que acontece com as grandes Empresas Multinacionais, grandes grupos económicos que têm aumentado os seus monopólios despedindo trabalhadores e aumentando os preços de bens e serviços.
Apelamos para que todos unam forças de modo a combater a situação atual de desemprego, corrupção e injustiça social que mina fatalmente a nossa sociedade cada vez mais fragilizada.
O apoio aos pequenos e médios Empresários é parte fundamental para o objetivo de termos um País e uma Região mais sustentáveis e mais justos, onde a força do trabalho seja efetivamente paga pelo valor de que lhe é reconhecido!
Viva o XI Congresso
Viva a Região Autónoma dos Açores
Viva o PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS