Encontramo-nos a meio caminho de parte nenhuma. A meio caminho de uma nebulosa e esguia estrada repleta de buracos, pedras e lama, que constrangem e penalizam quem, na sua rotina, tenta chegar ao fundo do itinerário, ao lado de lá da rua.
As populações desesperam com as novas medidas de austeridade apresentadas pelo governo da República, amplamente aceites e, até, enaltecidas pelo governo regional de Carlos César. Porque tem que ser, porque é a única solução, porque por aqui é que lá vamos, porque tudo o resto é pior do que aquilo que temos em cima da mesa.
“Conluiados, concertados, combinados para um acto repreensível”… Tal é, como nos diz o dicionário, o significado da palavra em título, a qual reflecte por si só, e exactamente, a vileza que se abateu sobre os portugueses a 13 de Maio passado.
PS e PSD abraçaram-se, não (como dizem) para salvar o país, mas para agravar (de forma desprezível) a crise portuguesa, apresentando-se em parelha de cócoras perante interesses alheios e pressões externas.
Contrariando os apologistas da teoria do aquecimento global, este Inverno e esta Primavera apresentaram-se diferentes do habitual. E, a partir de certa altura, o vulcão islandês também ajudou...
Num Portugal coberto de cinzas, Maio tem estado frio.
Nestas breves notas semanais procuro comentar situações ou factos acontecidos, procuro, com clareza, exprimir opinião e procuro, por vezes, registar aquilo que, face ao evoluir das situações, sentimos. A nota de hoje inscreve-se na última “categoria” referida.
Perante aquilo que se passa no País e que é constantemente reportado nos OCS, o que é que nós, cidadãos comuns, sentimos? O que é que sentimos quando nos dizem que cada um de nós “deve 18000 euros”, que correspondem “à parte de cada um” da divida publica portuguesa?