Deprimentes baldes de água fria sempre enquadraram a manifesta falta de delicadeza e de conveniência com que a verdade frequentemente se declara.
Deprimentes baldes de água fria sempre enquadraram a manifesta falta de delicadeza e de conveniência com que a verdade frequentemente se declara.
Passados mais de quatro anos e meio da tomada de posse do primeiro governo de Sócrates parece existir, afinal, forma de dar a volta à controvérsia que se criou em vários domínios da sociedade portuguesa, nomeadamente no sector da educação.
Victor Constâncio, fazendo jus aos seus pergaminhos, como irrepreensível delegado e promissor candidato à Administração do Banco Central Europeu, justificando obviamente na íntegra o ordenado de quase 18 000 euros (3 600 contos) que os portugueses lhe pagam mensalmente, decidiu informar quem lhe paga esse ordenado que este ano, tendo em conta a recuperação económica (…da banca), é “imperativo reduzir o défice público, e para isso deverão ser tomadas as medidas que forem necessárias, quaisquer que elas sejam”.
Com a proximidade de mais uma época natalícia, desdobram-se as famílias, parentes e amigos em apressadas correrias, longas esperas, filas e trânsito compacto acelerado, o aborrecido mas inerente corrupio em busca do presente fundamental, da lembrança desejada, daquela última compra que vai fazer toda a diferença. A diferença entre o ter e o não ter. E este ano não ter, vai ser uma moda forçada.
A época está eivada de religiosidade e, mesmo os menos atreitos a esta, têm dificuldade em vivê-la sem que tal religiosidade os envolva. Quanto mais não seja apenas por fora, como papel de oferta (que, não só do ponto de vista comercial, diga-se de passagem, também abunda por esta altura…).