
A Assembleia da República foi dignificada durante o último mandato, tendo desempenhado um papel relevante e muitas vezes determinante na cena política portuguesa nomeadamente no respeitante à reposição e restauração de direitos, à definição das políticas de rendimentos, e às políticas sociais em geral, situação que há muito não acontecia devido às maiorias absolutas que anteriormente se foram formando com a direita ou com o PS, quer sozinho, quer com ela aliado, as quais privilegiaram a governamentalização do regime remetendo o parlamento para um papel subsidiário.
Na verdade nunca uma maioria absoluta na Assembleia da República onde pontificassem ora o PS, ora o PSD, trazendo o CDS a reboque e marginalizando os partidos mais à esquerda, tinha dado passos relevantes no sentido que foi possível dar nos últimos 4 anos: Travar a degradação imposta pelas políticas de direita na vertente dos direitos e dos rendimentos da esmagadora maioria dos portugueses e permitir ao país voltar a andar para a frente. Certo é que tal se deveu às circunstâncias em que o PS se viu instado (pela abertura demonstrada pelo PCP) a governar, tornando possível constituírem-se maiorias para introduzir muitas medidas de política por iniciativa do PCP, do BE e do PEV, para além das do programa do PS, que contribuíram significativamente para melhorar as condições de vida e os rendimentos dos portugueses. Isto apesar de o líder parlamentar do PS, Carlos César, lamentar as dificuldades que aqueles partidos terão criado ao seu governo durante o exercício do mandato. O facto de o PS manifestar agora o desejo de se ver livre dessas “dificuldades” por via da hipotética obtenção de uma maioria absoluta de deputados em outubro próximo, diz bem das dificuldades (reais) e dos recuos a que o povo e o país ficariam novamente sujeitos se tal acontecesse.
O secretariado da DORAA do PCP reafirma a importância fundamental do aumento dos salários para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias, bem como para o crescimento económico do País e em particular dos Açores.
Neste sentido, não podemos ignorar a importância fundamental do salário mínimo no combate à pobreza, designadamente a pobreza laboral.
Nos dias 21 e 22 de Agosto, Paula Santos, deputada do PCP na Assembleia da República, acompanhada por uma delegação do PCP, composta por Marco varela - Coordenador do PCP Açores, Vítor Silva, candidato da Lista dos Açores às eleições legislativas e António Fonseca da DORAA, realizaram reuniões e visitas de trabalho na ilha Terceira, tendo, nomeadamente, reunido com a União dos Sindicatos de Angra do Heroísmo, com uma Delegação do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e com o Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória. Foi ainda efetuada uma visita ao Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo.
Uma delegação do PCP integrada por António Filipe (vice-presidente do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República), Marco varela (Coordenador do PCP Açores) e Cátia Benedetti (membro da DORA do PCP) realizaram reuniões de trabalho em Ponta Delgada no dia 9 de agosto com o Juiz Presidente da Comarca Judicial dos Açores, com o Comando Regional da PSP, com o Diretor do Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada e com o Reitor da Universidade dos Açores.
Nestas visitas, o PCP obteve informação de grande utilidade para o trabalho a realizar na Assembleia da República e na Região, e assumiu alguns compromissos para com as entidades contactadas.