É tempo de defender a nossa memória e história, da qual a SINAGA faz parte. É tempo de exigir o direito público aos espaços que devem ser de todos, e não de interesses privados. É possível destinar os terrenos da SINAGA para usufruto das populações, nomeadamente para habitação acessível, um museu sobre a SINAGA, espaços de lazer e serviços essenciais à população.
Dois factos graves levantam preocupações sobre as intenções do Governo Regional para os terrenos da SINAGA: a retirada das máquinas e equipamentos da fábrica, às escondidas da população e sem qualquer explicação; a declaração da intenção de vender os terrenos para “rendimento”, ou seja, para aumentar os lucros privados com os bens públicos e à custa das contas públicas. Trata-se de um duplo prejuízo: para a defesa das finanças e do património público; e para o interesse da população, que se vê afastada de mais espaços que lhes deviam ser destinados.

Declarações do Coordenador do PCP
Rui Teixeira, primeiro candidato da CDU à Câmara de Ponta Delgada, participou ontem na iniciativa promovida pela candidatura de cidadãos eleitores “Santa Clara Vida Nova” sobre os terrenos da SINAGA. Para a CDU, a opinião da população da Freguesia e da sua Junta são fundamentais na decisão sobre o destino a dar a este espaço. A CDU recusa determinantemente que estes espaços possam ser alvo de negócios que em nada servem o concelho, favorecendo a especulação imobiliária.
São os trabalhadores municipais que mantêm o Concelho e a Câmara a funcionar. Por isso mesmo, é preciso que o município reconheça na prática o seu papel, o que implica valorizar os seus salários, dar-lhes melhores condições de trabalho e estabelecer contratos de trabalho permanentes. No entanto, o que frequentemente se verifica é o contrário. Em particular, agrava-se a precariedade, nomeadamente com o abuso dos programas ocupacionais e de contratos temporários, e os salários continuam salários baixos e injustos. A CDU recusa esta realidade e afirma que a alternativa existe e que pode ser concretizada, já no próximo dia 26 de setembro.
A política ambiental da Câmara tem-se mostrado errada e incapaz de dar resposta às necessidades dos munícipes. Para a CDU, muito há a alterar, desde a recolha e tratamento dos resíduos aos valores incomportáveis que os cidadãos pagam na fatura da água. É inaceitável que não se beneficie quem apresenta bons comportamentos ambientais, e que a Câmara se tenha demitido do objetivo de reduzir os resíduos indiferenciados, tratando por igual quem se preocupa em separar o lixo e quem não o faz.