
Passos Coelho de forma aberta ou velada vai sucessivamente apelidando de medíocres, piegas e preguiçosos os portugueses que “andam a gozar pontes enquanto a troika trabalha”…
Cavaco, por seu turno, foi aos finlandeses dizer-lhes que não há razões para desconfiarem, por que se está em Portugal a cascar nos portugueses e a pô-los na ordem e a trabalhar...

Com esta atitude, os partidos da troika evitam ter de discutir um assunto que lhes é politicamente incómodo. O PSD e o CDS-PP Açores evitam assim que seja revelada a sua cumplicidade ativa com as medidas do Governo de Passos Coelho. O PS Açores, por seu lado, evita clarificar a sua posição e hipocritamente responsabiliza o Governo da República, enquanto embolsa tranquilamente a receita roubada aos trabalhadores da administração regional. Não poderão agora estes partidos vir lamentar-se das dificuldades que vivem os açorianos, nem tentar responsabilizar outros por uma medida que recusaram, eles próprios, alterar.
Oiça a intervenção do Deputado Aníbal Pires em mp3
Embora esteja a 1000 km de distância, acompanhei com muito interesse e expectativa a grande Manifestação do passado dia 11 de Fevereiro, convocada pela CGTP-Intersindical Nacional, que uma vez mais demonstrou ser uma força social fundamental na nossa sociedade.
O sucesso rotundo desta Manifestação tem uma enorme importância social e política, pois para além de contrariar e enfraquecer fortemente a ideia de que esta política de empobrecimento, de reforço da exploração e de destruição das capacidades próprias do País, é “tolerada” pelos portugueses, vem trazer para o primeiro plano a urgência de serem trilhados outros caminhos.

Na sequência de tomadas de posição da CCIPD e da líder regional do PSD, no início de 2010, e acabando numa petição pública entregue ao governo regional e ao governo de Sócrates, a investida para o imprescindível (tanto económica como socialmente) abaixamento das tarifas aéreas de e para os Açores, passou nessa altura por uma impressionante manobra de diversão que diabolizava por um lado as companhias públicas da SATA e da TAP, acusando-as de monopolistas, e proclamava, por outro, o seguinte: “…Os Açores continuam arredados das "low cost". E porquê?...
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