A fazer fé que a concertação social, nos dias de hoje, poderia constituir um terreno leal de luta perseguindo um amplo consenso de combate à crise e a repartição justa entre patrões e trabalhadores dos sacrifícios impostos pela austeridade, compreender-se-ia que, em defesa dos trabalhadores que representa, João Proença, o líder da União Geral de Trabalhadores (UGT), em lugar de a abandonar, como fez o líder da CGTP Carvalho da Silva, permanecesse na reunião da concertação social noite dentro para tentar dar a volta às iníquas e parciais propostas que estavam em cima da mesa, avançadas pelos representantes de Passos Coelho e do grande patronato, e jogar ao longo da madrugada com a imensa vontade do Governo PSD/CDS de encenar (para os mercados e para o mundo, como disse o ministro da bicicleta/Audi de última geração) um amplo consenso de suporte para uma determinada e cada vez menos consensual maneira de combater a crise que ele persiste em praticar.