Transitamos de um ano para outro com a sensação
estranha de ir do errado para o incerto. O ano de 2008 foi um ano
esquisito mas revelador. Muitas “certezas” ruíram, novos e inesperadas
situações apareceram e muitas aflições se aprofundaram. O ano de 2009
“recebe” bancos falidos e um sistema financeiro podre, um Presidente
dos EUA historicamente inesperado e milhares de milhões de pessoas sem
qualquer confiança no futuro.
No final deste ano civil, julgo ser positivo
ponderarmos e analisarmos algumas das questões inerentes à Educação
Pública, na Região Autónoma dos Açores, os seus compromissos e
expectativas, os seus responsáveis, bem como quais os caminhos que
estes deverão tomar para enaltecer a prática educativa das escolas
públicas da Região, integrando-a, ao mesmo tempo, na relação do poder
político cujos destinos da Educação carrega, com os meios e
destinatários da política educativa, nomeadamente os professores,
pessoal auxiliar e técnico e instalações escolares, bem como os alunos,
destinatários últimos das opções e consequências dessas mesmas opções.
A Assembleia Legislativa Regional dos Açores realizou a sua primeira
sessão de trabalho na passada semana. Foi o início de uma Legislatura e
foi um muito mau início.
O Presidente do Governo Regional anunciou na passada 6ªfeira, dia 14, a estrutura e composição do novo Governo Regional. O assunto foi mantido em segredo, com sucesso, muito embora tenha havido OCS que, valorizando umas hipóteses ou fazendo pressão por outras, tenham avançando com nomes e com soluções orgânicas.
Depois de ouvir a apresentação feita pelo próprio Presidente do Governo, devo dizer que fiquei com a impressão de ter havido a intenção de se proceder a uma modificação minimalista, no que toca a pessoas, tendo como referencia o anterior Governo.
A apressada manobra ensaiada por José Sócrates e pelo PS para ver nos
resultados das eleições regionais dos Açores um sinal de apoio às
políticas do Governo é, não só manifestamente infundada, como
absolutamente despropositada.