8 de Outubro de 1967: O comandante Ernesto “Che” Guevara é capturado e
assassinado na Bolívia pelas tropas de Barrientos. Anteriormente
oprimido pelas potências coloniais, a América Latina vivia os tempos da
exploração neo-colonial, parecendo condenada ao sub-desenvolvimento e
às ditaduras a soldo dos EUA.
“Somos mais pais do nosso futuro do que filhos do nosso passado.”
(Miguel de Unamuno)
Como tento fazer todos os anos, e este ano não foi excepção, fui
assistir às comemorações do 32º aniversário do 25 de Abril, o Dia da
Liberdade, a Revolução dos Cravos.
Que a economia portuguesa não é competitiva, não é novidade. Assim como
não é novidade que as exportações de produtos nacionais não têm
acompanhado o aumento da procura.
Passados que estão 32 anos sobre a Revolução de 25 de Abril o tempo é
de comemorar. Comemorar Abril, em Maio dos trabalhadores e do sonho que
será futuro. Comemorar é recordar e celebrar a generosidade das
mulheres e homens que lutaram contra um regime que perseguia, oprimia,
torturava e assassinava, é recordar e celebrar a generosidade de um
povo que na manhã de 25 de Abril de 1974 soube transformar um golpe
militar em Revolução.
A Revolução de 25 de Abril de 1974 que na passada terça feira foi
assinalada com comemorações populares, um pouco por todo o país mas
também por todo o mundo português, assumem a cada ano que passa e que a
realidade política, social, cultural e económica se distancia dos
ideais e princípios que enformaram o processo revolucionário,
desencadeado naquela madrugada de Abril, uma importância determinante
na defesa dos valores e das conquistas democráticas que a Revolução dos
Cravos possibilitou.