Os dados do INE sobre o desemprego revelam mais uma vez que, nos Açores, este é um flagelo que alastra, ao contrário das posições assumidas pelo Governo Regional. A atual situação é caraterizada pelo aumento da precariedade, que virá a resultar num novo aumento do desemprego, no agravamento das condições de trabalho e na perda de poder de compra, inevitavelmente com graves consequências na pobreza e na exclusão social.
As novas situações de desemprego são superiores ao emprego criado, que por sua vez se carateriza como precário e de baixos rendimentos. Assim, assiste-se a duas realidades muito negativas para os trabalhadores e para a região: temos mais desempregados, sendo que os trabalhadores que conseguem escapar a essa realidade não têm segurança no emprego e são mal remunerados. Também ao nível da Administração Pública Regional se verifica a redução do número de empregados.
Para o PCP, isto é a demonstração mais dramática de que a política deste governo está esgotada e se limita a uma gestão de números, mas que não responde aos anseios desta região e da sua população. Faz falta uma política de esquerda, onde o investimento conduza ao desenvolvimento económico que a região necessita, que seja promotora da valorização do trabalho e do combate à precariedade.