O PCP/Açores denunciou, em comunicado de imprensa, que o Governo Regional dos Açores continua a subverter o objetivo dos programas ocupacionais, recorrendo a estes para dar resposta a necessidades permanentes na Administração Pública Regional.
Desta forma, o Governo do PS mantém em funcionamento serviços essenciais, usando para tal cidadãos que não têm qualquer direito laboral. Onde o Governo do PS vẽ uma fonte de mão de obra barata e uma forma de limpar estatísticas de desemprego, o PCP vê uma forma de exploração que adia os projetos de vida de quem merece mais respeito por parte de quem governa a região.
Para o PCP, o que é preciso é que o Governo Regional do PS trabalhe para eliminar a precariedade laboral, dando um vínculo estável a quem quer contribuir para o progresso dos Açores e dos Açorianos e permitindo uma vida com dignidade e com direitos!

Os dados do INE sobre o desemprego revelam mais uma vez que, nos Açores, este é um flagelo que alastra, ao contrário das posições assumidas pelo Governo Regional. A atual situação é caraterizada pelo aumento da precariedade, que virá a resultar num novo aumento do desemprego, no agravamento das condições de trabalho e na perda de poder de compra, inevitavelmente com graves consequências na pobreza e na exclusão social.
O PCP criticou hoje a ausência uma política de valorização dos rendimentos de quem trabalha na região. Em particular, o chumbo pelo PS da atualização da Remuneração Complementar, proposta pelo PCP, demonstra bem que interesses o Governo Regional está a servir. Os preocupantes níveis de precariedade e a ausência de dinamização da contratação coletiva são também factos que contribuem para a diminuição da qualidade do emprego e para manter muitos trabalhadores em situação de pobreza.
Mais uma vez, o PCP/Açores assinalou o Dia do Pescador, defendendo maiores rendimentos para os assalariados da pesca. O recente acordo para o Contrato de Trabalho na Pesca Açoriana é muito positivo, e resulta da luta dos pescadores, que nunca desistiram de melhores condições de vida, apoiados pelo PCP na sua intervenção política, em particular na Assembleia da República e no Parlamento Regional.