
Foram divulgados há alguns dias dados do Banco de
Portugal segundo os quais os depósitos bancários feitos nos Açores, no
1º semestre deste ano, aumentaram e atingiram os 25 milhões de euros. Os
mesmos dados indicam que a concessão de crédito, no memo período, foi
muito inferior a esse valor. Se juntarmos as dezenas de milhões euros
que os bancos cobraram na Região, respeitantes a contratos em curso,
nesse mesmo 1º semestre, vamos concluir que a economia regional está a
ser dramaticamente esvaziada de meios financeiros.
Governar por cortes e a decretar impostos, não tem qualquer engenho ou arte política. Não custa nada, a não ser os ordenados e as alcavalas que usufrui quem assim (dispensavelmente) governa. É fácil, é barato e dá milhões…
Cortar em 8 meses nas transferências sociais do Estado, isto é, na educação, saúde e segurança social, mais de mil e novecentos milhões de euros e cortar cerca de 10% nas remunerações da função pública, poderá chamar-se a isto: “eliminar as gorduras do Estado”? Aumentar em 900 milhões os impostos deste ano, à custa do IVA sobre o gás e a electricidade e à custa dos cortes no subsídio de Natal; cobrar outros tantos milhões pela incidência do IVA sobre bens de 1ª necessidade; pelas restrições às isenções de IRS na saúde e educação e pelo aumento do IMI, isto é coragem política para combater o défice? Reduzir pagamentos de feriados e horas extra, cortar nos subsídios de desemprego e indemnizações por despedimento sem justa causa, isto é incentivar a actividade produtiva?