AS SONDAGENS - Um eleitor, abordado telefonicamente (se não tiver telefone fixo não é eleitor, já se sabe), pode fazer uso do segredo de voto, mas esse direito não lhe assiste. As sondagens apenas se referem a este eleitor como um daqueles que não responde, e de seguida, por extrapolação…votam por ele (geralmente num do partidos que recebem mais declarações de voto). Veja-se como: Em 100 telefonemas, se a sondagem registar 18 a dizer que votam PS, e 50 a dizer que não respondem ou não sabem, logo temos a maioria dos editores de informação a proclamar que o PS tem 36% das intenções de voto. Se, por acaso 18 outros telefonemas significarem declarações de voto no PSD, logo temos a maioria dos editores de informação a proclamar que existe um empate técnico, a 36%, entre dois partidos. Assim se nega o direito ao voto secreto e se desmobiliza, de forma acientífica e ilegítima, a possibilidade (real) de uma vitória eleitoral de outro partido qualquer, suportada nos 50% de inquiridos que, segundo as sondagens, não respondem ou não sabem…Não estou a inventar, estou simplesmente a relatar a forma como foi efectuada a comunicação pública dos dados da sondagem da RTP/Universidade Católica desta última 3ª feira… Já agora aproveito para dizer que a esmagadora maioria das anteriores sondagens, apresentam igualmente 50% (ou mais) de inquiridos que não respondem ou não sabem... 

No desenvolvimento de uma actividade política estreitamente ligada às populações e à realidade das várias ilhas dos Açores, o Deputado do PCP no Parlamento Regional, Aníbal Pires, deslocar-se à ilha Terceira, entre os dias 25 e 27 de Maio.
Era uma vez um País, do hemisfério norte, à beira mar plantado, que depois de muitos anos de atraso, se tinha libertado do pensamento retrógrado de um ditador que tinha muitos tentáculos. Nesse País, nessa altura, ganhou-se alento e avançou-se muito. Acabou-se com a guerra; institui-se a democracia; criou-se o salário mínimo; democratizou-se o ensino; criou-se o serviço nacional de saúde; nacionalizaram-se sectores estratégicos da economia; redistribuiu-se, com maior justiça, a riqueza criada; reconheceram-se as especificidades das ilhas, que deixaram de ser “adjacentes” e passaram a ser Regiões Autónomas.
O Deputado do PCP no Parlamento Regional, Aníbal Pires, denunciou hoje na sua declaração política o grave ataque à Autonomia e à Democracia que está a ser levado a cabo por PS, PSD e CDS-PP, sob a capa da imposição externa.