Nunca, senão no tempo da ditadura, senti tanta repugnância em ouvir, ver ou ler as notícias. Apenas com uma diferença: antes do 25 de Abril, tinha de apagar o emissor ou deixar de ler jornais. Hoje, existem os audiovisuais e outros canais que me permitem a rejeição dos primeiros, dos segundos ou mesmo dos terceiros que, ao sabor das troikas, em cataratas de gorduras informativas saturadas não sabem fazer outra coisa senão preparar-me o cérebro para o sofrimento e resignação com a dureza das medidas inevitáveis, necessárias, credíveis e responsáveis que, para além das que já vieram antes (e não foram poucas), vêm por aí aos trambolhões durante os próximos 3 anos.