“Deviam acabar com os partidos”! Ouve-se da boca do vizinho, ora revoltado, ora ingénuo. Revoltado porquê? Porque os partidos prometeram, mentiram e enganaram, porque se envolvem em discussões fúteis fugindo aos verdadeiros problemas, porque governam em sentido diverso daquele que anunciaram em campanha, e porque as coisas vão de mal a pior. Ingénuo porquê? Porque todos os partidos prometem, é certo, mas nem todos têm por hábito envolver-se em discussões fúteis, ignorando os problemas, ou enganar e mentir, demonstrando-se infiéis ao próprio programa e fiéis (portanto) a outros interesses menos palpáveis. Ingénuo ainda, porque aqueles incógnitos salvadores que viriam enfim a executar o desejo do vizinho - acabar com os partidos - só poderiam gerar uma ditadura em alternativa, a qual, por pior que as coisas ficassem depois, não seria possível de atalhar tão cedo.

No cumprimento do dever estatutário, mas também para reforçar a sua ligação às populações e aos seus problemas, a Representação Parlamentar do PCP Açores concluiu hoje mais uma visita anual à ilha de São Jorge.
No desenvolvimento de uma actuação política estreitamente ligada às populações e aos seus anseios, o Deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Aníbal Pires, deslocar-se-á à ilha de São Jorge entre nos dias 20 e 21 de Abril.
A Representação Parlamentar do PCP Açores apresentou hoje um Projecto de Decreto Legislativo Regional para aumentar o Acréscimo Regional à Retribuição Mínima Mensal Garantida de 5% para 7,5%.
Pode parecer inadequado escrever, neste País e neste ano de 2011, o título que acima coloquei. A verdade porém é que o ambiente político que se vive mostra estar a ser descaradamente montada uma operação de manipulação e condicionamento do voto dos cidadãos que não tem precedente. Sendo assim, é bem necessário termos presente que somos cidadãos livres e que não temos nenhuma obrigação de votar onde a Comissão Europeia (de Barroso) e o FMI querem que votemos.