Era uma vez um País, do hemisfério norte, à beira mar plantado, que depois de muitos anos de atraso, se tinha libertado do pensamento retrógrado de um ditador que tinha muitos tentáculos. Nesse País, nessa altura, ganhou-se alento e avançou-se muito. Acabou-se com a guerra; institui-se a democracia; criou-se o salário mínimo; democratizou-se o ensino; criou-se o serviço nacional de saúde; nacionalizaram-se sectores estratégicos da economia; redistribuiu-se, com maior justiça, a riqueza criada; reconheceram-se as especificidades das ilhas, que deixaram de ser “adjacentes” e passaram a ser Regiões Autónomas.
E eles vieram até aos Açores não para esclarecer o que quer que fosse, mas para deixar os motes e o lastro dos ataques mútuos mais estapafúrdios que imaginar se pudessem a propósito dos Açores e da Autonomia. Só Sócrates desistiu da visita, enquanto Primeiro-ministro, provavelmente porque César lhe dará entretanto conta do recado. Mas Passos Coelho e Paulo Portas vieram, enquanto candidatos, para obscurecer o principal (um memorando para Portugal, publicado em inglês) e elevar o acessório (este em português mais que foleiro: os pentelhos de Catroga). E todos os três partidos se atiçaram entre si numa nova guerra de culpabilização mútua pelos desaires presentes e futuros do emprego, da política social e da Autonomia nos Açores.
O Deputado do PCP no Parlamento Regional, Aníbal Pires, denunciou hoje na sua declaração política o grave ataque à Autonomia e à Democracia que está a ser levado a cabo por PS, PSD e CDS-PP, sob a capa da imposição externa.
A generalidade dos portugueses, apenas com excepção daqueles que visam engrandecer-se à custa das dificuldades colectivas e dos que crescem com o aumento do grau de exploração dos trabalhadores activos e reformados, sente que o País foi empurrado para uma situação trágica, que não goza de qualquer apoio solidário do espaço europeu e que os “espertos” de dentro e de fora estão a procurar aproveitar esta situação para impor um modelo de organização que acentua a exploração do trabalho, que faz aumentar ainda mais a dependência externa, que introduz uma fortíssima recessão, que aumenta drasticamente a pobreza, que diminui acentuadamente o nível de vida das classes laboriosas e da classe média.
A aquacultura é uma das indústrias mais importantes de quase todo o Mundo, com destaque para o Continente Sul-Americano e Asiático. Aliás, a aquacultura tem vindo substancialmente a aumentar de importância, sobretudo a partir dos anos 70, havendo mesmo países, como seja o caso do Chile cuja produção, virada para a exportação, é uma grande fonte de entrada de divisas e criação de emprego.