Artigo de opinião de José Decq Mota
É verdade, tenho vergonha do actual governo do meu País, constituído por gente que defende políticas ditas de “reajustamento”, que mais não são do que medidas de ajustamento directo a uma definitiva subjugação deste País e deste Povo aos interesses de economias hegemónicas associadas a um brutal aumento da exploração e à destruição das conquistas civilizacionais e democráticas alcançadas pelos Povos.
Tenho vergonha de um governo que combate activamente os esforços de outro governo europeu, muito recentemente eleito, para pôr fim à brutal austeridade que nos transforma, a nós, à Grécia, à Irlanda, ao Chipre e a outros, em novas colónias.
O Coordenador Regional do PCP Açores, Aníbal Pires, apresentou hoje um comunicado responsabilizando o Governo Regional pelos erros, atrasos, descoordenações e problemas vários que marcaram as obras portuárias na ilha do Pico e exigindo esclarecimentos sobre as suas condições de funcionamento e recomeço do serviço de transporte de viaturas entre todos os portos das ilhas do Triângulo. O PCP considera que este é um caso "em que a culpa não pode morrer solteira" e exige esclarecimentos detalhados e respostas ao que foi prometido à população da ilha do Pico.
Artigo de opinião de Mário Abrantes
Com as “tropas” das finanças da UE (Ecofin) reorganizadas em torno do seu líder, o ministro alemão Schauble, regurgitando ultimatos e insultos à soberania, à dignidade da Grécia e à vontade democraticamente expressa pelo seu povo, vai-se apertando o cerco àquele país, e tudo aponta para que, no actual contexto europeu, o desfecho certamente não venha a ser (pelo menos por agora) o mais favorável às suas pretensões enquanto Estado membro.
E não seria de esperar outra reação perante o que é visto pelos atuais dominadores no seio da UE como um pecado de rebeldia intolerável, uma fenda que se abriu no interior de uma fortaleza que eles, à custa de tantos e acumulados esforços (sim, porque sempre houve quem lhes opusesse resistência), têm vindo a construir e a consolidar, investindo nas desigualdades, na destruição dos aparelhos produtivos e na escravidão das dívidas para uns, os mais débeis à partida, com vista a garantir a outros, os mais fortes, a “livre” circulação das suas mercadorias e a maximização dos seus excedentes financeiros (aliás na senda do espírito pioneiro que presidiu à fundação da Comunidade Económica do Carvão e do Aço).
Artigo de opinião de Aníbal Pires