Artigo de opinião de Mário Abrantes
Depois de adotada pelo governo de Passos e Portas, a mentira da inevitabilidade das políticas de austeridade que têm sido aplicadas em Portugal ameaça persistir por uma questão de sobrevivência governativa, sob pena das autoproclamadas virtudes dessas políticas se apresentarem afinal aos olhos dos portugueses como sacrifícios desnecessários ou até crimes premeditados.
Este governo foi entretanto capturado na sua própria teia. De tanto insistir estupida e acriticamente na justeza das opções políticas da ortodoxia financeira e da submissão contínua e prioritária a interesses alheios ao seu país, proporcionando a exploração desenfreada dos seus concidadãos e a abdicação ilimitada da soberania, acaba sendo contrariado pelos próprios impulsionadores dessas políticas que, face à contestação formal vinda de um dos países da UE - a Grécia, se veem obrigados a alterar o discurso e a tentar um rearranjo de posições no seio do nefando quadro regulamentar europeu, na base de um contexto diferente do dos memorandos impostos e fiscalizados pela troika (que, pelo menos de nome, será para desaparecer).


Artigo de opinião de José Decq Mota
O Coordenador Regional do PCP Açores, Aníbal Pires, apresentou hoje um comunicado responsabilizando o Governo Regional pelos erros, atrasos, descoordenações e problemas vários que marcaram as obras portuárias na ilha do Pico e exigindo esclarecimentos sobre as suas condições de funcionamento e recomeço do serviço de transporte de viaturas entre todos os portos das ilhas do Triângulo. O PCP considera que este é um caso "em que a culpa não pode morrer solteira" e exige esclarecimentos detalhados e respostas ao que foi prometido à população da ilha do Pico.