Artigo de opinião de Mário Abrantes
Dados estatísticos referentes ao mês de Janeiro de 2015 revelaram que durante esse período faleceram mais 1900 portugueses do que em Janeiro de 2014. A faixa etária mais atingida por este acréscimo foi a de 75 anos ou mais.
Que me perdoem os jornalistas e comentadores que se esforçam por nos tentar justificar esse acréscimo ora com o frio que veio mais forte, ora com a maior agressividade da estirpe do vírus da gripe, ora com outros fatores aleatórios que aparecem por igual nos outros anos ou que atingem em simultâneo as diferentes classes etárias. O que estes dados seguramente nos indicam é que se está a morrer mais cedo em Portugal, e portanto, a repetir-se esta tendência, isso significa que a esperança média de vida (que, sem sustentação fidedigna conhecida, já serviu para o acréscimo, primeiro de um ano e depois mais dois meses, à idade da reforma) estaria agora a diminuir…