António (a quem chamavam de “Praia” e que era também Borges Coutinho):
Quando me encontrei contigo pela primeira vez, já os tempos duros da ditadura fascista, tal como os subsequentes da revolução que a derrubou, iam mais brandos, e o ardor das lutas e da fraternidade combatente fora entretanto passado por mim, sem ti!
Não te podia sentir a falta, portanto. Mas a falta que fazes agora, depois de te ires, essa sinto-a e prolongo-a aos tempos em que a vida tinha apenas determinado que nos viéssemos a conhecer no futuro.
Quando me encontrei contigo pela primeira vez, já os tempos duros da ditadura fascista, tal como os subsequentes da revolução que a derrubou, iam mais brandos, e o ardor das lutas e da fraternidade combatente fora entretanto passado por mim, sem ti!
Não te podia sentir a falta, portanto. Mas a falta que fazes agora, depois de te ires, essa sinto-a e prolongo-a aos tempos em que a vida tinha apenas determinado que nos viéssemos a conhecer no futuro.