
A necessidade de “reformas de fundo” (e até de “ruptura”), trazidas a debate público por Passos Coelho, caem como sopa no mel na consciência de quem (embora já não vote, ou nunca tenha votado, por desinteresse), vê objectivamente transferidos para si às carradas, provenientes de direcções várias, os encargos de uma política à qual cada vez é mais alheio e sobre a qual raramente é chamado a pronunciar-se, mas que, atendendo à profundidade e dimensão daqueles, pressente ser profundamente injusta.