2 de Abril de 1546: por alvará de D. João III, vivemos há 460 anos na
cidade de Ponta Delgada. Três anos antes, e também em Abril, a imagem
do Senhor Santo Cristo chegou para habitar a iminente urbe.
As notícias vindas a público sobre a repatriação de 15 mil portugueses
que há alguns anos se encontram a viver e trabalhar no Canadá (na sua
maioria de origem açoriana), ou outras que com alguma frequência nos
dão conta da brutal exploração a que cidadãos portugueses são sujeitos,
nomeadamente nos países da União Europeia o que não deixa de ser
paradoxal, uma vez pertencemos por direito a essa formação social e
económica, confirmam que Portugal nunca deixou de ser um país de
emigrantes.
A vida singular e colectiva é construída, a cada passo, por escolhas.
As nossas opções determinam, se não totalmente pelo menos em grande
parte, o nosso futuro enquanto indivíduos. Ou seja, quando decidimos ir
“por ali” em vez de ir “por aqui” ou “por acolá” estamos a escolher o
que queremos para nós dali para a frente.
Dado que, pelo Presidente do Conselho de Administração da ASTA (a
empresa concessionária do Casino de Ponta Delgada), me foram pedidas
explicações a propósito do meu artigo da passada semana, e lamentando o
fastio que a repetição do tema possa causar a alguns Leitores, vejo-me
forçado no entanto a voltar ao assunto para tentar clarificar o
significado de alguns dos comentários então feitos.
Hoje, dia 20 de Março de 2006, assinala-se o 3.º aniversário do início
da intervenção militar que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha
desencadearam sobre o Iraque e que culminou com a sua invasão e
ocupação.