
Aníbal Pires reafirmou que “temos o direito a produzir” e condições para sermos muito menos dependentes de importações de produtos agrícolas e declarou que a sustentabilidade da economia regional depende da existência de um forte sector primário. A base económica dos Açores são a a agricultura e as pescas. Tudo o resto é positivo mas apenas complementar, afirmou o Deputado do PCP e recordou as dificuldades porque passa também o sector da transformação, como é o caso da empresa SINAGA.

O Deputado do PCP criticou o pouco envolvimento dos parceiros, empresas turísticas e pescadores, na gestão destas áreas, o esvaziamento de conteúdo do seu conselho consultivo e a total ausência dos planos de acção para a protecção e recuperação destes habitats. É pelo menos uma forma opaca de fazer gestão ambiental, considerou Aníbal Pires.
O Parlamento Regional aprovou hoje a proposta do PCP para proibir os abates de animais de companhia, com os votos favoráveis do PCP, PS e PPM, abstenção do PSD e CDS/PP e o voto contra do BE. No entanto o PS impôs o adiamento da medida durante seis anos.
Na sua declaração de voto o Deputado Aníbal Pires considerou que "este adiamento, proposto pelo PS em especialidade, só se justifica pela sua falta de coragem política ao fazer com que esta alteração ao paradigma do controle das populações de animais errantes se prolongue, sem necessidade, por mais de 6 anos.
A Representação Política do PCP lamenta este adiamento e anuncia que no início da próxima legislatura apresentará uma proposta de alteração para reduzir o prazo de 6 anos para 1 ano o prazo para que todos as obrigações decorrentes deste diploma possam produzir os devidos efeitos."

O que o PCP propõe é uma política que aborda as causas que estão na origem do problema dos animais abandonados e maltratados e não se limita a abater os lamentáveis resultados; uma política que passa por garantir que o território da Região é efectivamente coberto por centros de recolha, modernos e apetrechados, pela recolha, esterilização e adopção, pelas campanhas de esterilização gratuita ou a preço reduzido e ainda pela maior fiscalização da legislação sobre o abandono de animais.
Dando voz e força legislativa à reivindicação dos trabalhadores da Administração Regional, várias vezes reafirmada pelas suas organizações representativas, o PCP pretende inverter a progressiva desvalorização desta conquista dos trabalhadores açorianos, que não é aumentada há vários anos.