Artigo de opinião de Mário Abrantes:
Bem podem barafustar e teimar em querer continuar de qualquer maneira e por qualquer via a governar, aqueles que estiveram no poder político em Portugal nos últimos 4 anos. A verdade é que, não obstante o PSD ter sido o partido mais votado nas eleições legislativas de 4 de Outubro (embora com uma das votações mais baixas de sempre), os resultados eleitorais, de acordo com a lei vigente, refletiram a vontade de uma grande maioria de portugueses em rejeitar expressamente as políticas seguidas pela coligação de Passos Coelho/Paulo Portas atribuindo uma maioria absoluta de deputados aos partidos que expressamente rejeitaram tal governo e tais políticas. Uma grande maioria de portugueses disse Não à continuidade de um governo PSD/CDS!
Em primeiro lugar portanto, são razões democráticas legítimas aquelas que determinam e permitem a formação dum novo governo em Portugal que não sendo da PáF, como aquele que o Presidente da República apressada, ostensiva e cegamente empossou (e fico-me apenas por aqui), tenha antes por base uma maioria de suporte parlamentar duradoura e que se oponha às políticas prosseguidas pela coligação durante os 4 anos em que apenas devido à proteção presidencial se conseguiu aguentar no poder.