
Artigo de opinião de Paulo Santos:
O petróleo é um pilar desta nefasta globalização e um produto estratégico para a expansão capitalista. Com inúmeros derivados resultantes da transformação petroquímica, dando origem a combustíveis, plásticos, detergentes, medicamentos, entre outros; a “civilização petrolífera”, nuclear para a hegemonia ocidental, condena também o mundo num trágico lastro de guerra e destruição. Assim, quando Saddam pretendeu negociar o “seu” barril nos termos que bem entendesse, logo se uniram “os aliados” para o derrubar; quando Kadhafi e Assad manifestaram vontade idêntica, logo foram atacados por todo o poderio militar e mediático das potências dominantes.
França e EUA estiveram sempre do lado errado. Movidos pelos interesses monopolistas, e sobretudo apostados em inviabilizar qualquer pretensão soberana desses países na gestão dos seus recursos, cometeram a irresponsabilidade de armar todos os que se propusessem atacá-los, incluindo os “Exércitos Livres” daqui e dali, na realidade movimentos extremistas que haveriam de constituir o “estado islâmico”.
Artigo de opinião de Mário Abrantes:
Primeiro foi uma candidatura à presidência da república (eticamente condenável) fabricada por espaços de opinião públicos (bem pagos), em horário nobre, mediaticamente promovidos, alardeados e ampliados durante anos a fio por um canal de tv generalista, na pessoa de um quadro e ex-dirigente dum partido de direita – Marcelo Rebelo de Sousa.
A par deste lançamento e com promoção também assegurada por um segundo canal de tv generalista, igualmente em horário nobre, Marques Mendes tem sido outro exemplo visível e emblemático do ponto nauseabundo a que chegou a batota da liberdade de informação em Portugal.
Estamos perante mais um quadro partidário ativo do mesmo partido de direita – o PSD, do qual também já foi dirigente máximo, com acesso privilegiado à informação do seu (ex-)governo, de que se servia de forma mancomunada, a fingir-se semanalmente vidente e adivinho do futuro político imediato, usando e abusando de processos de intenção e mexeriquices rasteiras, deturpando factos e atacando os adversários políticos a partir da posição de falsa independência que lhe dá a capa de comentador político.

Artigo de opinião de Mário Abrantes:
Bem podem barafustar e teimar em querer continuar de qualquer maneira e por qualquer via a governar, aqueles que estiveram no poder político em Portugal nos últimos 4 anos. A verdade é que, não obstante o PSD ter sido o partido mais votado nas eleições legislativas de 4 de Outubro (embora com uma das votações mais baixas de sempre), os resultados eleitorais, de acordo com a lei vigente, refletiram a vontade de uma grande maioria de portugueses em rejeitar expressamente as políticas seguidas pela coligação de Passos Coelho/Paulo Portas atribuindo uma maioria absoluta de deputados aos partidos que expressamente rejeitaram tal governo e tais políticas. Uma grande maioria de portugueses disse Não à continuidade de um governo PSD/CDS!
Em primeiro lugar portanto, são razões democráticas legítimas aquelas que determinam e permitem a formação dum novo governo em Portugal que não sendo da PáF, como aquele que o Presidente da República apressada, ostensiva e cegamente empossou (e fico-me apenas por aqui), tenha antes por base uma maioria de suporte parlamentar duradoura e que se oponha às políticas prosseguidas pela coligação durante os 4 anos em que apenas devido à proteção presidencial se conseguiu aguentar no poder.