Opinião

jos_decq_mota_webNesta profunda crise em que o País foi mergulhado, pelos que, em proveito de classe, querem virar tudo do avesso, aparecem, volta e meia, posições e declarações que ajudam a perceber o que está verdadeiramente em causa.

António Borges, professor de economia neoliberal e ministro à sombra no actual governo, resolveu classificar como ignorantes os empresários que se colocaram contra a descida da TSU para as empresas, feita à custa de uma enorme subida de 7% do desconto dos trabalhadores. Disse mesmo que não passariam no 1º ano do seu curso, o que possivelmente é verdade, pois o que ele ali ensina são modelos de construção de um domínio absoluto do grande capital financeiro internacional, modelo esse que não pode interessar à grande maioria dos empresários portugueses.

É bom saber o que esta “eminência parda”, que é Borges, pensa sobre isto, pois ao sabermos isso estamos a saber o que a troika e governo querem mesmo.

Enquanto Borges, banqueiros e outros empresários, confortavelmente instalados no Algarve, produziam estas alarvidades e concebiam, à margem do País real e concreto, as estratégias de domínio e destruição, o Povo manifestava-se poderosamente em Lisboa contra estas políticas, contra a destruição do País, contra o aumento da exploração, contra a eliminação de direitos sociais, contra a estupidificação da sociedade. No Povo manifestante estão, certamente, os trabalhadores por conta de outrem, milhares de trabalhadores por conta própria, os reformados e pensionistas, os jovens, mas também muitos e muitos pequenos e médios empresários que são, obviamente, vitimas brutalizadas destas políticas.

Neste braço de ferro entre os ultra-reaccionários Borges deste tempo e o Povo com direitos, valores, história, determinação, vontade e, acima de tudo, razão, vai sair vencedor o Povo. A bem de todos nós!

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 4 de outubro de 2012

Da forma e do conteúdo
Demonstrando existir um compromisso firme entre as políticas defendidas pelo Governo da República e as políticas defendidas pelo PSD nos Açores, Marques Mendes, que já por várias vezes, metendo o bedelho onde não era chamado, insultou publicamente a autonomia regional, veio participar na campanha eleitoral do seu partido para as regionais de Outubro.
Veio dizer que o culpado da austeridade imposta pelo seu governo era o governo anterior, por ter conduzido o país à bancarrota, ao mesmo tempo que as estatísticas mostravam que a dívida pública, pela mão do governo do seu partido, coligado com o CDS (e apesar da austeridade imposta aos portugueses supostamente ter por objetivo diminuí-la), continuava no mesmo caminho do governo anterior, isto é, a subir, chegando já aos 116% do PIB…
Veio dizer que o Primeiro-Ministro Passos Coelho é que é bom porque não está surdo, nem cego nem mudo aos protestos das pessoas, enquanto Passos Coelho dizia em simultâneo só aceitar o recuo do seu governo em relação ao esbulho dos rendimentos do trabalho através da TSU, não por causa dos protestos populares (a ralé) mas porque “os empresários não estavam de acordo”…
Ora, este outro discurso, por mais que a cambalhota da TSU se devesse efetivamente ao magnífico protesto popular de dia 15 de Setembro, teve por justificação óbvia a ideia persistente de Passos Coelho e da troika, ao contrário do que Marques Mendes insinuou aos gritos no seu comício dos Açores, de obter exatamente o mesmo resultado modificando apenas a forma de lá chegar. Se não é pela TSU, será pelo aumento dos impostos (lá está o CDS outra vez encalacrado), através da redefinição dos escalões do IRS, que o mesmo esbulho aos rendimentos do trabalho se fará! Quanto ao resto (os rendimentos do capital) nada garantiu, apenas lhe saiu da boca um talvez a um impostozinho sobre o património ou coisa do género…
E, estamos certos, dada a natureza do atual poder político em Portugal, que nunca irá além disso.
Imposto sobre as transações de valores mobiliários?
Novo escalão do IRC para as grandes empresas?
Sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos?
Combate efetivo à evasão fiscal?
Qual quê! Apenas propostas para ignorar, colocadas em cima da mesa da concertação social pela CGTP-in.
Quem não vai certamente ignorar estas propostas será a “ralé” (no caso do ministro Miguel Macedo, seriam as “cigarras”) que sairá novamente à rua neste sábado.
O caminho certo para novas políticas de efetiva recuperação económica, de reposição da justiça social e de repartição equitativa dos sacrifícios, não passa por manobras e mudanças apenas formais (cada vez mais desconchavadas, diga-se) de políticas e de medidas de austeridade. Não passa pelo atual Governo da República e pelos dois partidos que o suportam, nem pelo compromisso assinado por três com a troika.
Essa ilusão, os portugueses descontentes que em cada vez maior número saem juntos à rua para protestar, estão a perdê-la…
Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado em 30 de setembro de 2012

mario_abrantesDemonstrando existir um compromisso firme entre as políticas defendidas pelo Governo da República e as políticas defendidas pelo PSD nos Açores, Marques Mendes, que já por várias vezes, metendo o bedelho onde não era chamado, insultou publicamente a autonomia regional, veio participar na campanha eleitoral do seu partido para as regionais de Outubro.

Veio dizer que o culpado da austeridade imposta pelo seu governo era o governo anterior, por ter conduzido o país à bancarrota, ao mesmo tempo que as estatísticas mostravam que a dívida pública, pela mão do governo do seu partido, coligado com o CDS (e apesar da austeridade imposta aos portugueses supostamente ter por objetivo diminuí-la), continuava no mesmo caminho do governo anterior, isto é, a subir, chegando já aos 116% do PIB…

Veio dizer que o Primeiro-Ministro Passos Coelho é que é bom porque não está surdo, nem cego nem mudo aos protestos das pessoas, enquanto Passos Coelho dizia em simultâneo só aceitar o recuo do seu governo em relação ao esbulho dos rendimentos do trabalho através da TSU, não por causa dos protestos populares (a ralé) mas porque “os empresários não estavam de acordo”…

Ora, este outro discurso, por mais que a cambalhota da TSU se devesse efetivamente ao magnífico protesto popular de dia 15 de Setembro, teve por justificação óbvia a ideia persistente de Passos Coelho e da troika, ao contrário do que Marques Mendes insinuou aos gritos no seu comício dos Açores, de obter exatamente o mesmo resultado modificando apenas a forma de lá chegar. Se não é pela TSU, será pelo aumento dos impostos (lá está o CDS outra vez encalacrado), através da redefinição dos escalões do IRS, que o mesmo esbulho aos rendimentos do trabalho se fará! Quanto ao resto (os rendimentos do capital) nada garantiu, apenas lhe saiu da boca um talvez a um impostozinho sobre o património ou coisa do género…

E, estamos certos, dada a natureza do atual poder político em Portugal, que nunca irá além disso.

Imposto sobre as transações de valores mobiliários?

Novo escalão do IRC para as grandes empresas?

Sobretaxa de 10% sobre os dividendos distribuídos?

Combate efetivo à evasão fiscal?

Qual quê! Apenas propostas para ignorar, colocadas em cima da mesa da concertação social pela CGTP-in.

Quem não vai certamente ignorar estas propostas será a “ralé” (no caso do ministro Miguel Macedo, seriam as “cigarras”) que sairá novamente à rua neste sábado.

O caminho certo para novas políticas de efetiva recuperação económica, de reposição da justiça social e de repartição equitativa dos sacrifícios, não passa por manobras e mudanças apenas formais (cada vez mais desconchavadas, diga-se) de políticas e de medidas de austeridade. Não passa pelo atual Governo da República e pelos dois partidos que o suportam, nem pelo compromisso assinado por três com a troika.

Essa ilusão, os portugueses descontentes que em cada vez maior número saem juntos à rua para protestar, estão a perdê-la…

 

 


Artigo de opinião de Mário Abrantes, publicado em 30 de setembro de 2012

 

Lucidez e determinação
Hoje, sensivelmente 15 dias depois do último artigo que aqui publiquei, o ambiente político e a situação política objectiva do País têm significativas alterações.
A grande maioria da sociedade opôs-se ao corte geral de 7% de salários, associado ao desagravamento da TSU para as empresas e muitas centenas de milhares de pessoas vieram para as ruas em grandes manifestações. Multiplicaram-se, por todos os dias e por todo o País, as acções de protesto e de reivindicação.
As divisões penetraram no PSD, maior partido do governo, notando-se que muitas das mais destacadas figuras ditas “liberais” se vieram opor às decisões brutais dos neoliberais que hoje dominam esse partido. A coligação PSD – CDS/PP, no governo, mostrou as suas fragilidades, contradições e ausência de coesão, de forma muito clara. O Conselho de Estado fez uma muito longa reunião, da qual se soube que o governo informou que iria recuar nas medidas referentes à TSU.
Durante esses dias saiu uma sondagem que mostra o PSD a cair a pique, o PS a cair dois pontos, os partidos que defendem o corte com o memorando de entendimento e a troika a subirem de forma clara e o numero de votos brancos e nulos também a subir muito.
O Povo português mostrou, sem margem para equívocos, que já não quer, nem suporta, mais austeridade e que entende ser necessário outro caminho.
Nestes últimos 15 dias, perante o desastre das novas medidas anunciadas, associado à total ausência de efeito das já aplicadas antes, aquilo que é marcante e duradouro é a lucidez das posições populares de rejeição da austeridade sempre e só dirigida para quem vive de rendimentos do trabalho, por conta de outrem, ou por conta própria, de pensões e reformas ou de actividades empresariais de muito pequena, pequena ou média dimensão.
Esta lucidez do Povo português, manifestada, proclamada e assumida por um número crescente de cidadãos, constitui a principal mudança objectiva na situação social e política do País, mas por si só, não imprime qualquer mudança de fundo na orientação política do governo. Já todos vemos, ouvimos e lemos vários pré-anúncios de medidas “alternativas” à TSU e dessa informação podemos retirar que o governo mantém, claramente, a intenção de descer, em geral, os salários na casa dos 7% e agravar vários impostos.
Entretanto nestes 15 dias ganharam força, projeção, dimensão e impacto diversas propostas políticas e sociais, que apontam para a renegociação da divida externa, no que toca a prazos, valores e juros, para a tributação do capital e das grandes operações financeiras, para o combate à fraude fiscal, para a urgente adopção de medidas que visem a expansão da economia e o aproveitamento dos recursos humanos.
Temos que ter a consciência muito clara que não é apenas a nossa vida quotidiana do presente e do próximo futuro que está em causa. Esta ofensiva visa tornar irreversíveis a destruição de muitas conquistas civilizacionais do século XX, visa transformar este País num território totalmente dependente e, como tal, incapaz de assumir as opções que o seu Povo, livremente, decida, visa reconstruir uma sociedade onde predomine a mão-de-obra barata e onde se acentue, ainda mais, a injustiça social.
A lucidez da recusa de mais medidas de austeridade para quem trabalha, tem que ser acompanhada de uma muito firme determinação em manter essa recusa, em exigir outros caminhos, em recusar o apagamento forçado do País, em negar que o nosso futuro esteja associado à injustiça social, à negação da democracia e à ausência de uma perspectiva progressista de solidariedade social.
Temos todos que ter presente que a unidade do Povo é capaz de remover todos os obstáculos que se levantam à construção de uma alternativa justa. Já houve países que renegociaram, negando imposições brutais, as respectivas dividas externas e estão hoje a seguir caminhos, que sendo difíceis, são de clara recuperação da independência, da economia e do dinamismo social.
A lucidez demonstrada, associada a uma determinação esclarecida, irão transformar a grande Manifestação Nacional de 29 de Setembro em mais um passo na direcção da mudança e da derrota deste governo de malfeitores.
Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 30 de setembro de 2012

jos_decq_mota_webHoje, sensivelmente 15 dias depois do último artigo que aqui publiquei, o ambiente político e a situação política objectiva do País têm significativas alterações.

A grande maioria da sociedade opôs-se ao corte geral de 7% de salários, associado ao desagravamento da TSU para as empresas e muitas centenas de milhares de pessoas vieram para as ruas em grandes manifestações. Multiplicaram-se, por todos os dias e por todo o País, as acções de protesto e de reivindicação.

As divisões penetraram no PSD, maior partido do governo, notando-se que muitas das mais destacadas figuras ditas “liberais” se vieram opor às decisões brutais dos neoliberais que hoje dominam esse partido. A coligação PSD – CDS/PP, no governo, mostrou as suas fragilidades, contradições e ausência de coesão, de forma muito clara. O Conselho de Estado fez uma muito longa reunião, da qual se soube que o governo informou que iria recuar nas medidas referentes à TSU.

 

Durante esses dias saiu uma sondagem que mostra o PSD a cair a pique, o PS a cair dois pontos, os partidos que defendem o corte com o memorando de entendimento e a troika a subirem de forma clara e o numero de votos brancos e nulos também a subir muito.
O Povo português mostrou, sem margem para equívocos, que já não quer, nem suporta, mais austeridade e que entende ser necessário outro caminho.

 

Nestes últimos 15 dias, perante o desastre das novas medidas anunciadas, associado à total ausência de efeito das já aplicadas antes, aquilo que é marcante e duradouro é a lucidez das posições populares de rejeição da austeridade sempre e só dirigida para quem vive de rendimentos do trabalho, por conta de outrem, ou por conta própria, de pensões e reformas ou de actividades empresariais de muito pequena, pequena ou média dimensão.

 

Esta lucidez do Povo português, manifestada, proclamada e assumida por um número crescente de cidadãos, constitui a principal mudança objectiva na situação social e política do País, mas por si só, não imprime qualquer mudança de fundo na orientação política do governo. Já todos vemos, ouvimos e lemos vários pré-anúncios de medidas “alternativas” à TSU e dessa informação podemos retirar que o governo mantém, claramente, a intenção de descer, em geral, os salários na casa dos 7% e agravar vários impostos.
Entretanto nestes 15 dias ganharam força, projeção, dimensão e impacto diversas propostas políticas e sociais, que apontam para a renegociação da divida externa, no que toca a prazos, valores e juros, para a tributação do capital e das grandes operações financeiras, para o combate à fraude fiscal, para a urgente adopção de medidas que visem a expansão da economia e o aproveitamento dos recursos humanos.

 

 

Temos que ter a consciência muito clara que não é apenas a nossa vida quotidiana do presente e do próximo futuro que está em causa. Esta ofensiva visa tornar irreversíveis a destruição de muitas conquistas civilizacionais do século XX, visa transformar este País num território totalmente dependente e, como tal, incapaz de assumir as opções que o seu Povo, livremente, decida, visa reconstruir uma sociedade onde predomine a mão-de-obra barata e onde se acentue, ainda mais, a injustiça social.
A lucidez da recusa de mais medidas de austeridade para quem trabalha, tem que ser acompanhada de uma muito firme determinação em manter essa recusa, em exigir outros caminhos, em recusar o apagamento forçado do País, em negar que o nosso futuro esteja associado à injustiça social, à negação da democracia e à ausência de uma perspectiva progressista de solidariedade social.

 

 

Temos todos que ter presente que a unidade do Povo é capaz de remover todos os obstáculos que se levantam à construção de uma alternativa justa. Já houve países que renegociaram, negando imposições brutais, as respectivas dividas externas e estão hoje a seguir caminhos, que sendo difíceis, são de clara recuperação da independência, da economia e do dinamismo social.
A lucidez demonstrada, associada a uma determinação esclarecida, irão transformar a grande Manifestação Nacional de 29 de Setembro em mais um passo na direcção da mudança e da derrota deste governo de malfeitores.

 

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 30 de setembro de 2012

jos_decq_mota_webO governo foi, em princípio, forçado a recuar em relação ao aumento da TSU, em 7%, para quem trabalha, como forma de repor o abaixamento de 5,3% para os empresários.

A enorme contestação que se gerou forçou esse recuo. A resposta pronta e enérgica de largos sectores da nossa sociedade obrigou a que a iniquidade constante da medida inviabilizasse, na prática, a sua aplicação.

Considero muito importante que o governo tivesse sido forçado a recuar neste ponto, porque o episódio demonstra que a luta, em unidade, é o único caminho para abrir portas, derrubar domínios absurdos, resolver os problemas, construir alternativas e salvar o País. Acontece, porém, que o governo não foi derrubado!

Esta austeridade destinada, não a resolver os problemas financeiros do País, mas sim a modificar estruturalmente e em profundidade a organização da nossa sociedade, liquidando direitos e conquistas, roubando descontos feitos toda a vida, destruindo serviços públicos essenciais, sufocando até á destruição uma boa parte das pequenas e médias empresas, é o martelo que o governo vai querer continuar a usar. Este indecoroso governo, que nesta fase quer reduzir drasticamente os salários, não conseguindo essa redução de 7% por via da TSU, vai procurar atingir esse objectivo por outras vias. Aos portugueses só resta a luta que é de resistência, mas que tem que incluir, forçosamente, a exigência de outras políticas, centradas na expansão da economia, no combate ao desemprego, na erradicação da especulação financeira, na justa distribuição dos sacrifícios que sejam necessários à resolução dos problemas existentes e no abandono do memorando da troika.

No próximo dia 29 de Setembro haverá uma grande Manifestação Nacional que será muito importante, quer para reforçar a luta, quer para limitar a possibilidade de manobras desfavoráveis ao Povo e ao País.

 

Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 24 de setembro de 2012

jos_decq_mota_webO anúncio das brutais medidas de austeridade que o governo PSD/CDS-PP quer impor, abriu uma larguíssima onda de contestação social, demonstrada pelas grandes manifestações de sábado passado e por milhares de acções quotidianas de luta e abriu também uma crise política que poderá ter reflexos institucionais.
A comunicação ao País do 1ºMinistro e a conferência de imprensa do Ministro das Finanças funcionaram, em muitos sentidos, como a gasolina que se deita sobre palha seca. Um Povo já sobrecarregado por toda a sorte de medidas de austeridade não pode, nem quer, aceitar estas novas e brutais imposições, que se traduzem em novas e enormes reduções salariais. Os defensores de outras políticas, democráticas e de expansão da economia, lançam as suas propostas e propõem o rompimento com as políticas neoliberais que hoje dominam. Mesmo alguns que defendem a intervenção estrangeira, através da troika, vêm a terreiro dizer que a proposta do governo de aumento de 7% da TSU para quem trabalha, a par da redução da mesma TSU para as empresas em mais de 5%, não é aceitável.
Penso que o governo não percebe o País e se convenceu, estupidamente, que pode continuar a gerar o empobrecimento geral e o desemprego, sem grande reacção dos cidadãos. Penso mesmo que o governo pensa que pode promover escandalosas e directas transferências do trabalho para o capital, sem que tal iniquidade gere revolta. Acontece, porém, que o governo se enganou e está, agora confrontado com um poderoso movimento popular de rejeição desta política e está também cada vez mais enredado nas próprias contradições e lutas ideológicas intestinas na sua área de apoio.
Mais importantes do que essas contradições e manobras intestinas é o aprofundamento da luta e da mobilização popular e, nesse sentido, ganha enorme destaque a grande manifestação nacional promovida pela CGTP no próximo dia 29/9.


Artigo de opinião de José Decq Mota, publicado em 17 de setembro de 2012

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