Terá este governo regional de direita do PSD, CDS-PP e PPM as condições para continuar a governar a Região? É uma pergunta que desde há muito os açorianos têm vindo a colocar-se, mesmo quando era o apoio parlamentar do Chega, do ex-deputado do Chega e da IL o que de alguma forma garantia a sua sobrevivência. O que se passou durante o dia de ontem, com a retirada desse apoio parlamentar e o rasgar de acordo por parte da Iniciativa Liberal e do ex- deputado do Chega, é só mais uma agitação de um mar que nunca foi calmo. Porque, na realidade, este governo nunca foi estável, apesar do que o próprio muitas vezes afirmou e alguns defenderam como foi o caso do senhor Representante da República. Os açorianos há muito se aperceberam disto, desesperando para que sejam dadas respostas ao aumento do custo de vida, da habitação, da energia e dos combustíveis. Nas empresas e à porta dos seus locais de trabalho lutam para obterem os indispensáveis aumentos salariais, defendem o setor produtivo e transformador da Região, manifestam-se contra o aumento das desigualdades entre ilhas e açorianos e exigem que se ponha fim à precariedade e à exploração. À porta das escolas, os pais exigem mais assistentes operacionais. As populações reclamam médicos de família e mais consultas de especialistas, centros de saúde com condições. Multiplicam-se as manifestações de descontentamento no setor da cultura: a concentração à porta do Teatro Micaelense e a defesa do Miramar bem esclarecem que os açorianos não estão dispostos a abrirem mão dos seus direitos também neste campo.
Desta ação, e dos diversos contatos realizados, destacam-se duas questões: a primeira é o descontentamento e as dificuldades que crescem de dia para dia devido ao aumento generalizado do custo de vida, nomeadamente dos bens alimentares e do crédito à habitação, enquanto os salários e as reformas não chegam para fazer face a estes aumentos.
A Direção Regional do PCP Açores (DORAA) esteve reunida no sábado, dia 21 de janeiro, em Ponta Delgada, para analisar a situação política e social, tanto a nível nacional como regional e traçar as principais linhas de intervenção política do PCP para o ano de 2023.
O coordenador do PCP Açores, Marco Varela, deslocou-se nos dias 12, 13 e 14 de dezembro à ilha do Corvo para aprofundar o conhecimento dos problemas e das expectativas dos corvinos, para poder contribuir a lhes dar voz, e também para apresentar o conjunto de propostas que o PCP tem para as diversas áreas, na certeza de que as mesmas vão ao encontro das necessidades e preocupações da população da ilha.
- Em defesa do Teatro Micaelense e dos seus Trabalhadores
- A proposta de Plano e Orçamento da Região para o ano 2023 não corresponde às necessidades da Terceira
- CDU contra a diminuição de 43% nas verbas atribuídas à ilha de São Jorge na proposta de PORAA para 2023
- Sobre o Plano e Orçamento para 2023 para a Ilha do Faial